Exercício: bom para o bebê, ótimo para a gestante






Ninguém ousa discutir os benefícios da atividade física, mas quando a mulher engravida não faltam mães, tias e avós prontas para recomendar vivamente que a futura mamãe pegue bem leve ou que, no máximo, faça uma caminhadinha. Uma pena. As gestantes podem e devem tirar proveito dos arquiconhecidos efeitos positivos dos exercícios. Para elas mexer-se traz ainda um outro ganho: o risco de um parto prematuro cai pela metade.  

Antes de mais nada, que fique bem claro: cada grávida é uma grávida e a última palavra é sempre do obstetra. Só ele pode dizer o que a paciente tem condições de fazer. Mas, com o sinal verde, a gestante ganha, e muito, se largar o sedentarismo. Engorda menos, não sofre tanto com dores nas costas e nas pernas graças ao fortalecimento da musculatura, tem menos risco de desenvolver diabete gestacional e hipertensão. Isso sem contar a melhora no condicionamento e no alongamento, o que facilita por tabela o trabalho de parto.

Aliás, um mito precisa ser derrubado: longe de se tornar mais frágil, a futura mãe vira uma espécie de supermulher. Ela tem mais sangue em circulação, ganha flexibilidade, alguns sentidos se aguçam. Tanto que a gravidez é considerada uma espécie de doping no meio esportivo,. Em princípio não há nenhuma contraindicação para os exercícios nessa etapa da vida. E isso vale até para as sedentárias inveteradas. Mas, para elas, por se tratar de um período de intensa adaptação do organismo, vale mais do que nunca a regra de começar aos poucos e fazer uma atividade mais leve, como natação, hidroginástica, ioga ou caminhada. E, nesse caso específico, os médicos são praticamente unânimes: as mulheres sedentárias só devem dar a largada após o terceiro mês de gestação, quando o embrião já se implantou.

Quanto às grávidas que já eram assíduas de quadras e academias, só precisam fazer um ajuste no ritmo e na intensidade mas em geral podem manter todas as modalidades com as quais estavam habituadas, até mesmo corrida. A intensidade é que deve ser inversamente proporcional ao tempo da gestação, já que no fim da gravidez o barrigão pode, sim, incomodar e pesar, inclusive sobre as articulações.

O fato é que carregar de 10 a 15 quilos a mais, sofrer com inchaços, insônia e ainda ter que lidar com as oscilações de humor pode não ser nada fácil por mais que se pregue que é esse o tal momento mágico na vida de toda mulher. Não há uma pílula para combater esses transtornos típicos do período, diz Marlos Domingues. Os exercícios, sim, é que podem ser um santo remédio.

VÁ COM CALMA!

Algumas gestantes estão terminantemente proibidas de se exercitar: as que já tiveram ou estão em trabalho de parto prematuro, as hipertensas fora de controle, aquelas com placenta prévia ou sangramentos. Outras precisam ser monitoradas muito de perto: aquelas com histórico de aborto, que esperam gêmeos ou ainda as que têm anemia grave ou doenças cardíacas. Já a grávida saudável só precisa tomar alguns cuidados. Não deve malhar em jejum de jeito nenhum nem fazer longas sessões de exercícios. Mais do que nunca, precisa seguir o conselho de beber água antes, durante e depois. Também não é bom passar de 75% da freqüência cardíaca máxima.

SINAL VERDE

Aposte em atividades...

que reforçam a musculatura lombar e abdominal, como os exercícios localizados. Isso diminui as dores provocadas pelo crescimento do barrigão e melhora a postura, além de ajudar o abdômen a voltar ao normal mais rápido após o parto.

- aeróbicas como nadar, pedalar ou caminhar, porque melhoram o sistema cardiovascular e diminuem o risco de males como diabete, hipertensão e obesidade.

- e, se possível, faça ainda exercícios específicos para o assoalho pélvico, que previnem a incontinência urinária.


SINAL VERMELHO

A grávida deve ficar longe de qualquer atividade que traga risco de trauma na barriga, como futebol, basquete, esqui, handebol e vôlei. A equitação entra nessa lista pelo mesmo motivo. Já o mergulho em profundidade (com garrafa de oxigênio) é proibido porque o feto pode sofrer com a descompressão e até ter uma embolia gasosa


Dicas do mês para estudantes e profissionais de Fisioterapia


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