Depressão e Disfunção temporomandibular






A interrelação entre disfunção temporomandibular (DTM) e depressão vem sendo discutida ao longo dos anos. Na realidade ainda não se pôde prová-la efetivamente. Não existe um consenso na literatura sobre a relação de causalidade entre fatores psicológicos e DTM. Esta divergência deve-se , provavelmente, a alguns fatores como diferença na seleção de amostras, na metodologia proposta e principalmente a fatores individuais como limiar de tolerância a dor, diferenças cognitivas e comportamentais.

Embora as pesquisas demonstrem níveis aumentados de ansiedade e estresse em pacientes com sinais e sintomas de DTM, eles pacientes podem ser portadores de algum distúrbio psicológico, sendo perfeitamente confundidos como portadores de DTM.

Concordo com alguns autores quando dizem que a ansiedade, depressão e estresse são “colaboradores” no delineamento patológico das ATMS. Uma vez que, este paciente pode desenvolver bruxismo crônico e irritação das vias neurais, provocando uma maior contratura muscular e consequentemente dor crônica.

Um questionamento antigo é : será que uma pessoa que não possua nenhuma patologia na ATM pode desenvolver dor nesta região, ou será que pacientes com estresse e ansiedade perpetuam seus sintomas ?

Uma paciente me perguntou se era normal ela ficar “triste” toda vez que ela sentia dor de cabeça. Obviamente a ciência explica este fenômeno através da condução neural dos impulsos de dor. O processo álgico (dor), até que ele seja percebido pelo córtex cerebral também passa pelo sistema límbico, que é responsável pelas emoções. Então na realidade é uma via de mão dupla. Pacientes com dor crônica também podem apresentar distúrbios do sono e sintomas de ansiedade e depressão, tanto no envolvimento quanto na origem e perpetuação da dor crônica e outros sintomas…

Fonte

Dicas do mês para estudantes e profissionais de Fisioterapia


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