Alongamento: antes ou depois da atividade física?




Mulher alongando antes de correr (Foto: Getty Images)

Alongar é uma necessidade. O alongamento melhora a flexibilidade, que é uma das qualidades físicas fundamentais para qualquer prática de exercício físico. Sem essa "tal flexibilidade", há um risco maior de acontecimento de lesões e o desempenho pode ser prejudicado.

De um tempo para cá, principalmente com o surgimento de pesquisas sobre o assunto, há uma discussão enorme sobre o alongamento na atividade física. O que é melhor fazer: antes ou depois? 

Sou professora de educação física e fisioterapeuta e aprendi, nas faculdades, que o alongamento deveria ser feito antes e depois da atividade física para preparar a musculatura e evitar lesões, além de outros benefícios. Hoje, utilizo o alongamento muito mais no final da atividade que no inicio da atividade. Acredito que, depois de ler muitas coisas, que o alongamento com a musculatura "fria", como é feito na maioria das pessoas que utilizam o alongamento no inicio da atividade, sem nenhum tipo de aquecimento antes de utilizá-lo, pode causar algumas lesões que poderiam ser evitadas. Principalmente por causa da falta de cuidado na hora de fazer os alongamentos, da forma que devem ser realizados.

Isso não quer dizer que alongamentos não preparam a musculatura para a atividade física. Preparam sim. Só acho que não deve ser uma regra, como antes era preconizado. Muito mais importante que prevenir lesões durante atividade física é manter um bom grau de flexibilidade (e esses alongamentos para melhorar a flexibilidade não precisa ser, necessariamente, realizados antes das atividades). E esse resultado aparecerá a médio e longo prazo, assim como os benefícios de exercícios de força e de resistência.

Eu não recomendo alongamentos após a prática de exercícios intensos (seja de força ou tempo), por entender que, nessas situações, a musculatura foi exigida demais, o que facilita o aparecimento de micro-lesões musculares.

Essa discussão ainda durará muito tempo, principalmente porque há divergências entre autores e pesquisas. Acredito que um profissional tem que ler os dois lados, avaliar o que é melhor para a população que ele "atende" para estabelecer sua conduta.

O sucesso ou o fracasso do treinamento/tratamento dependerá se o seu objetivo estará sendo cumprido. Boa sorte!


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