Oncologista derruba alguns mitos sobre câncer de mama





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Não importa o quanto a Ciência já avançou nas últimas décadas. Receber o diagnóstico de algum tipo de câncer ainda assusta e é uma das principais causas de morte no mundo. E os números também: segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil deve-se contabilizar quase 600 mil novos casos da doença somente neste ano. Metade deles, em mulheres. Uma em cada cinco pacientes terá de lidar com o câncer de mama.
A realização do "Outubro Rosa", inclusive, tornou-se uma forma de conscientizar o público feminino sobre a importância do auto-exame, check-ups de rotina e, principalmente, disseminar informações corretas para derrubar mitos sobre a enfermidade. Em entrevista ao jornal A CRÍTICA, a oncologista Adelaide Portela, da Fundação Centro de Controle de Ocologia do Estado do Amazonas, respondeu às dúvidas mais comuns.
Não tenho histórico familiar nem fatores de risco. Nunca terei tumores nos seios?
O excesso de peso, o fumo e a ingestão de bebidas alcoólicas, por exemplo, são prejudiciais. De acordo com o Inca, a prevenção do câncer de mama não é totalmente possível, pois a doença pode ser provocada por múltiplos fatores. A alimentação equilibrada, a prática regular de exercícios físicos, controlar o peso e evitar o consumo de bebida alcoólica diminuem o risco de desenvolver a doença. No entanto, nenhuma mulher está imune ao câncer de mama.
Podemos afirmar que emoções negativas influenciam?
Não há evidências científicas de que o câncer surja a partir de sentimentos negativos como mágoa, tristeza ou depressão. Porém, alguns especialistas acreditam que esses fatores emocionais podem abaixar a imunidade, favorecendo o desenvolvimento de diversas doenças, entre elas, o câncer.
Fazer o auto-exame, apalpando os seios, descarta a necessidade de outros exames?
Fazer o auto-exame é uma prática positiva e deve ser estimulada. No entanto, ele não é capaz de detectar vários tipos de tumores, especialmente aqueles em fase inicial, com maiores chances de cura. Segundo a recomendação do Inca, para obter um diagnóstico precoce é preciso consultar um médico, realizar exame clínico e fazer a mamografia.
É prejudicial ao bebê mamar se houver suspeita de câncer de mama?
Pode-se amamentar durante a realização de exames de diagnóstico. As células cancerosas não passam para o bebê. Caso a doença seja confirmada, os médicos aconselham iniciar o tratamento e parar de amamentar até que os elementos radioativos ou medicamentos sejam eliminados do organismo da mãe. Ela pode voltar a amamentar após esse período.
Existe mais de um tipo de câncer de mama?
O tipo mais comum é o que se origina nas células dos ductos mamários, por onde passa o leite materno, podendo disseminar-se pelos tecidos adjacentes. Outro tipo, menos comum, é o que tem origem nas células dos lóbulos mamários.
Existe um tratamento para cada tipo de câncer de mama?
O tipo de tratamento indicado para mulheres diagnosticadas com câncer de mama depende de alguns fatores, como o estágio do tumor, idade, doenças associadas e a presença de receptores de hormônios e HER2.
Quais são as opções de tratamento?
Radioterapia: consiste em emissão de radiação sobre a mama destruindo as células cancerígenas; Quimioterapia: utiliza medicamentos de aplicação sistêmica que matam as células cancerígenas; Cirurgia: retirada de parte ou da totalidade da mama, que é a mastectomia radical; Hormonioterapia: utiliza medicamentos com o intuito de inibir a atividade de hormônios que tenham influência no crescimento do tumor. Terapia Molecular: tratamento específico para tumores HER2 positivos.
Todas as pessoas passam mal no tratamento?
Cada paciente reage de uma maneira. A jornada de tratamento de uma mulher é diferente da outra, o processo pode ser lento ou ter alterações. Novas questões podem surgir com o tempo e as preferências e prioridades da cada paciente podem mudar. Além disso, as pesquisas sobre o câncer estão sempre evoluindo e novos medicamentos são continuamente desenvolvidos.
Incidência maior após os 40 anos
Estudos norte-americanos indicam que a incidência mundial do câncer vem aumentando e que 12,4% das mulheres terão câncer de mama em alguma fase da vida. Embora 87,6% não tenham de lidar com a doença, a realização anual da mamografia continua sendo o método mais importante de prevenção em pacientes com mais de 40 anos. Nos Estados Unidos, o câncer de mama atinge uma em cada 28 mulheres depois dos 60 anos, uma em cada 42 mulheres depois dos 50 anos e uma em cada 68 mulheres na faixa dos 40 anos. Antes disso a doença é considerada rara, atingindo uma em cada 227 mulheres.


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