Saiba mais sobre Integração Sensorial







Integração Sensorial é o processo pela qual o cérebro organiza
as informações, de modo a dar uma resposta adaptativa adequada,
organizando assim, as sensações do próprio corpo e do ambiente de forma
a ser possível o uso eficiente do mesmo no ambiente.

Os sistemas ligados à Integração Sensorial são: vestíbulo proprioceptivo, somatosensorial e praxia, que estão interligados para promoção de um bom desempenho motor e emocional no meio ambiente. A abordagem do método visa à quantidade e qualidade de estímulos proporcionados ao sujeito, para que
busque um equilíbrio modulado, dando assim, uma resposta que esteja de
acordo com suas capacidades e com o meio, melhorando o desempenho
de uma criança em seu processo de aprendizagem. A percepção das
sensações do corpo permite à criança se mover livre e efetivamente, sem associações afetivas negativas durante sua interação com o mundo.

Os objetivos da integração sensorial, quanto a reabilitação é
favorecer o desenvolvimento da sensibilidade corporal para diferenciação
de suas partes, limites e possibilidades regularizando o tônus. As condutas
realizadas partem da utilização de escovas com cerdas plásticas em
membros inferiores, superiores, pés e mãos e ainda esponjas, cremes ou
óleos na região anterior do corpo, posicionando a criança em decúbito
dorsal na calça sensorial ou estabelecer atividades que envolvam a água.

Pode- se ainda utilizar atividades na bola suíça para estimular a
sensibilidade corporal através do contato e da audição auxiliando a
aquisição do equilíbrio e controle cervical, além de estimular a
propriocepção. Favorecer a compreensão do espaço e do tempo através de
redes de tecido movimentando a criança em sentido horizontal, rolar a
criança para ambos os lados, sentá-la sobre a bola executando
movimentos verticais podendo chegar ao solo ou ainda utilizar o cavalo a
fim de auxiliar esses aspectos de integração.

Os psicomotricistas procuram trabalhar as estruturas perceptivas por meio de atividades que possibilitam às crianças a capacidade de observação do ambiente e das coisas que as cercam.

É importante ressaltar que isso resulta em um aprendizado a mais para elas, uma vez que tendo a noção do que está à sua volta, os pequenos têm seu cérebro 'moldado' a partir dos exercícios realizados pelos psicomotricistas.
Vale lembrar que as atividades cerebrais e as funções do corpo são dependentes, sendo que um é estimulado pelo outro, o que possibilita a interação entre as partes. A psicomotricidade é um fator de grande relevância para a vida de uma criança com autismo, pois, a partir dela, tem-se a capacidade de desenvolver as habilidades dos pacientes no espaço que eles ocupam e na própria vida.

O método terapêutico é baseado no sistema Ayres Sensory Integration (ASI), que visa identificar e tratar a disfunção sensorial do paciente. No caso das crianças com autismo, há algumas que são sensíveis aos estímulos táteis (toque) e se incomodam até com a própria roupa.

Também existem aquelas sensíveis aos estímulos sonoros, que acabam ficando ansiosas e incomodadas mesmo com os barulhos mínimos do ambiente. Para melhorar a qualidade de vida delas e de suas famílias, é fundamental contar com uma intervenção terapêutica.

A terapia ocupacional vai ajudar a reorganizar as sensações com o objetivo de reduzir seus efeitos negativos nas crianças. Consequentemente, isso ajudará no convívio social, no aprendizado e em outras capacidades do paciente.

É importante ter em mente que os padrões de sensibilidade sensorial variam de acordo com cada criança. Contudo, caso algum contato típico do dia a dia esteja sendo um grande desafio, melhor conversar com um terapeuta.

Quais atividades estimulam o desenvolvimento sensorial?

A integração sensorial é feita de acordo com o tipo de disfunção de cada criança. Mas há algumas atividades simples que podem ser conduzidas pelo terapeuta e, depois, reproduzidas em casa. Confira algumas delas a seguir.

1. Toque de texturas

Se a criança sente um incômodo fora do normal ao tocar em determinadas texturas, o terapeuta vai estimular esse contato aos poucos. Muitas vezes, são usadas brincadeiras para isso.

O profissional pode, por exemplo, pedir para a criança fechar os olhos e tocar uma massinha de modelar ou brinquedos de borracha, que são ligeiramente grudentos. Depois que ela estiver acostumada com a sensação, será possível avançar para outros objetos com texturas similares.

2. Brincadeiras com formas

As brincadeiras de encaixar formas são importantes para o desenvolvimento intelectual e psicomotor. Enquanto a maioria das crianças já consegue fazer encaixes facilmente a partir dos dois anos, aquelas que apresentam disfunção neurológica costumam apresentar um progresso mais lento.

Por isso, continuar fornecendo estímulos a elas é uma importante forma de auxiliar no progresso neurológico — além de trabalhar o tato e a visão em conjunto, o que pode ser difícil em alguns casos.

3. Toque do nariz

Fechar os olhos e tentar tocar a ponta do nariz (ou outras partes do próprio rosto) é uma brincadeira lúdica que tem um importante papel no desenvolvimento do sistema proprioceptivo.

Trata-se da capacidade de reconhecer o espaço que o próprio corpo ocupa no ambiente, o que também interfere na coordenação motora dos membros. Essa atividade simples também pode ser feita com adolescentes e até adultos.

4. Balanço e gira-gira

Brincadeiras comuns à maioria das crianças, como balanço, gira-gira, entre outras, servem para desenvolver e estimular o aparelho vestibular. Esse conjunto de órgãos tem como função regular a noção de gravidade do corpo.

Os movimentos realizados ajudam a controlar o equilíbrio corporal e são boas estratégias para gastar a energia de pacientes muito agitados ou nervosos.

5. Tapete sensorial

Entre crianças que têm pouca sensibilidade tátil, uma boa maneira de criar estímulos é o tapete sensorial. Geralmente, ele é formado por um retângulo com retângulos menores, repletos de diferentes texturas.

Aprender a diferenciar essas texturas ensinará o cérebro do paciente a compreender melhor a experiência do tato. É possível colocar objetos no fim do percurso do tapete, para que sejam segurados e sentidos.

6. Trenzinho humano

Utilizando um pedaço de malha, o terapeuta pode prender a criança e ele mesmo, deixando um espaço que permita movimentações (para que andem como em um trenzinho). A criança assume a frente, controlando a velocidade e a hora de parar ou fazer curvas, por exemplo.

Além de divertida, a atividade é capaz de estimular o planejamento motor, a noção de velocidade e ritmo e o espírito de cooperação. As crianças com dificuldades em frear o próprio corpo também vão lidar com isso na brincadeira.

7. Estímulo com pressão

Algumas pessoas autistas sentem-se mais confortáveis quando estão fisicamente pressionadas — com um cobertor pesado ou um colchão em cima do corpo, por exemplo. Elas são hipossensíveis e precisam de estímulos mais fortes para que consigam senti-los.

Não há nenhum problema em atender a tal necessidade, desde que você tenha certeza de que a criança não esteja se machucando. Nesses casos, massagens vigorosas também são bons estímulos táteis, além de ajudarem no relaxamento.

A maioria das brincadeiras é fácil de ser reproduzida em casa, pois não requer muitos materiais. Basta ter bastante paciência e atenção.

Com ajuda daqui


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