Saiba mais sobre Tipos de Biofeedback







Durante a prática da fisioterapia uroginecológica, a maior dificuldade do treino realizado pela paciente é assegurar se a atividade que está realizando é feita de maneira correta. A utilização do biofeedback auxilia no resultado e desempenho de contrair os músculos do assoalho pélvico, certificando a paciente que a mesma está contraindo a musculatura certa e com a força necessária.

Existem vários dispositivos de biofeedback que oferecem diferentes respostas fisiológicas que podem auxiliar tanto o paciente quanto o terapeuta nesse processo de reabilitação das disfunções do assoalho pélvico, tais como:

  • Eletromiografia (EMG): faz a captação da atividade elétrica dos músculos em microvolts, sendo a mais utilizada para esse fim. Os sensores são colocados sob a pele, no músculo em que se deseja medir e cuja tensão se quer controlar. Por meio dos sinais elétricos transmitidos pelos músculos, o aparelho de feedback transmite as respostas em forma sonora ou visual, para que o paciente aprenda a controlar o nível de contração dos músculos;
  • Temperatura Periférica (TP): é proporcional ao nível de sangue na área e medida por meio das mãos e dos pés. Quanto menos sangue, menor a temperatura do músculo — e vice-versa;
  • Eletroencefalograma (EEG): demonstra a atividade cerebral quantificando as ondas beta, alfa e teta;
  • Resposta Galvânica da Pele (GSR): é muito utilizada no procedimento para aprendizagem de relaxamento, já que analisa as glândulas que produzem suor nas mãos e identifica situações de estresse ou ansiedade;
  • Aferidor de Pulso (FC): indicado para o controle do sistema cardiovascular, pois ajuda o paciente a medir a frequência cardíaca;
  • Esfigmomanômetro (PA): indicado para o controle do sistema vascular e cardiovascular.

Por ser um procedimento que depende 100% do empenho e da dedicação do paciente, é indicado para qualquer pessoa que precise controlar alguma atividade involuntária de seu corpo. O resultado depende muito do quadro de cada paciente, assim como o tempo de tratamento, por isso não há como estipular um tempo de tratamento padrão.

Justamente por ser um processo "puro", sem uso de medicamentos, o custo-benefício dessa atividade é muito vantajoso. No momento em que o corpo do paciente aprende a controlar os movimentos que estão sendo estimulados e tratados, esse aprendizado fica memorizado. A partir daí, são necessárias apenas algumas manutenções, dependendo do caso tratado. Esse processo é diferente do que ocorre com o uso de fármacos, onde, assim que o corpo para de receber a dose, o efeito de melhoria desparece — e ainda pode haver efeito colateral.

Além de tudo isso, o paciente não se torna dependente da máquina, mas sim aprende a relaxar e fica apto a usufruir seus benefícios diariamente.



Dicas do mês para estudantes e profissionais de Fisioterapia


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