5 cuidados na aplicação do Treino Funcional






O treino funcional é um método de trabalho dinâmico caracterizado por mesclar diferentes capacidades físicas em um único exercício - por isso o nome "funcional". Este tipo de exercício usa, sobretudo, o peso do próprio corpo e o seu foco passa de um grupo muscular isolado para todos os músculos.

Nas academias os aparelhos costumam trabalhar um músculo por vez, mas no treino funcional são usados apenas alguns acessórios além do próprio corpo - e os exercícios apresentam uma complexidade maior. Entre os principais acessórios estão: a bola suíça, o cinto de tração, a medicine ball, o bosu, o mini trampolim, a theraband e os cones.

É preciso lembrar que os exercícios devem ser feitos com supervisão, sobretudo para iniciantes. Além disso, realizar uma consulta médica antes de dar início às atividades é essencial. Caso você tenha 30 anos ou mais e/ou alguma doença crônica (diabetes, hipertensão, colesterol alto, problemas cardiológicos) deve procurar ajuda médica e pedir a liberação antes de iniciar a prática.

O começo no treino funcional envolve atenção com algumas variáveis importantes, que devem ser analisadas e avaliadas em conjunto entre instrutores habilitados e praticantes. Algumas dessa variáveis são:

1. Carga

A evolução do uso da carga é um indicativo da evolução do treino em si. O importante, porém, é não passar o limite do corpo e manter sempre a execução correta da atividade. Caso observe que você perde o controle dos movimentos, reduza imediatamente o peso do exercício.

2. Quantidade

Isso vale para repetições, sessões de treino na semana, tempo de execução, número de séries e de exercícios. Toda vez que aumentamos algumas dessas variáveis, o corpo se adapta a um volume maior de estímulos. Dessa forma, é preciso aumentar paulatinamente ao longo do tempo a quantidade de estímulos ao corpo.

3. Complexidade dos exercícios

Quanto mais articulações e movimentos um exercício envolver, mais difícil ele é. Por isso, quem inicia no funcional deve escolher exercícios mais simples como o agachamento sem carga, remada no TRX (fitas de suspensão) e flexão de braço na caixa. Com a evolução, a dificuldade dos exercícios pode aumentar para agachamentos com carga, uso de barras e uma flexão explosiva, por exemplo

4. Periodização do treino

O treino funcional se torna mais difícil com o tempo de prática. Para isso, é possível investir nas exigências feitas ao corpo de forma diferentes. No Brasil, estamos muito acostumados a treinar em séries de '3 x 12', '4 x 10' e assim por diante. Porém, planos com séries intermediárias e avançadas podem - e devem - fazer parte de treinos de potência, com saltos, agachamentos com cargas máximas e circuitos metabólicos de alta intensidade.

5. Não aumentar todas as variáveis do treino ao mesmo tempo

Isso provoca dificuldade de execução do treino, tem alta demanda metabólica e pode exigir muito do condicionamento físico para quem é iniciante. Por isso, faça aumentos mensais e não toda semana ou em todo treino.

Cuidados necessários

Alguns exercícios do treino funcional exigem mais atenção por necessitarem de uma execução perfeita, como levantamento terra, stiff e variações desses exercícios que, ao serem ensinados aos iniciantes, pedem baixas cargas. Agachamentos profundos com sobrecarga nos ombros e que exijam muita habilidade corporal também oferecem riscos.

Exercícios com pesos acima da cabeça também podem apresentar riscos se não tiverem uma boa postura e força na escápula. Incluem aqui exercícios de barra fixa e desenvolvimentos com halteres. Mais uma vez, você deve contar com um profissional para medir a evolução e propor o exercício certo, na hora certa e com a carga correta.


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