Frio X Calor: Quando usar??





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Uma das perguntas que os estudantes mais fazem é “Como saber quando usar o calor ou o frio?”

Não existe uma resposta clara para esta pergunta. Muitos textos e artigos fornecem limites de tempo definitivos, tais como “Use gelo nas primeiras 24 horas e calor nas 48 horas seguintes.” Infelizmente, afirmações como essa são incorretas e injustificadas.

Uma das primeiras colocações apresentadas neste texto foi que o corpo resolve uma lesão de acordo com seu próprio ritmo. Esse ritmo pode variar não apenas de pessoa para pessoa, mas também de lesão para lesão na mesma pessoa. O estado físico e psicológico do paciente, bem como o tipo e quantidade de tecido lesado, são fatores que interferem no período de tempo necessário para cura.
O processo decisório é semelhante às etapas seguidas quando um cano se rompe no porão de uma casa. Antes de retirar toda a água e limpar a sujeira, é preciso para o vazamento. Da mesma forma, antes de favorecer um aumento da taxa do metabolismo celular em uma área traumatizada, o processo inflamatório deve ser antes atenuado.

A aplicação de frio é indicada sob três condições:

(1) nos estágios agudos da reação inflamatória
(2) antes dos exercícios de amplitude de movimento
(3) após atividade física.

Quando o frio é aplicado como uma forma de tratamento imediato ou no estágio de inflamação ativa, deve-se utilizar algum tipo de bolsa de gelo. Quando a imersão fria é administrada antes dos exercícios de reabilitação, deve-se utilizar turbilhão frio, em função dos efeitos latentes de resfriamento provocados por estas modalidades. Atletas e outras pessoas altamente motivadas com freqüência retornam à atividade física antes da completa recuperação dos tecidos, dessa forma, perpetuando o processo inflamatório. Como resultado, nessas pessoas as aplicações de frio são freqüentemente usadas durante um período de tempo prolongado, em comparação com a população em geral.

A aplicação de calor é indicada sob cinco condições:

(1) para controlar a reação inflamatória em seus estágios subagudos ou crônicos

(2) para favorecer a cura dos tecidos

(3) para reduzir edema e equimoses

(4) para melhorar a amplitude de movimento antes da atividade física (p. ex., participação esportiva) ou de reabilitação

(5) para promover a drenagem de uma área infectada.

É necessário distinguir entre o uso de modalidades de frio para exercícios de amplitude de movimento e o uso de modalidades de calor antes de uma competição. O leitor deve se recordar que o frio aumenta a viscosidade dos fluidos e diminui a capacidade de realizar movimentos rápidos. Durante a participação esportiva, os atletas dependem de agilidade para movimentar as extremidades de forma rápida e eficaz. O calor é empregado por sua capacidade de permitir este tipo de movimento. O gelo é indicado após a atividade, para prevenir a reativação do processo inflamatório. Se a movimentação estiver limitada pela dor, então, deve-se usar o frio: se a movimentação estiver limitada pela rigidez, então, o calor deve ser a modalidade escolhida.

A decisão de utilizar o calor ou o frio não deve ser baseada em qualquer escala de tempo predeterminada. Essa decisão deve fundamentar-se nas respostas fisiológicas desejadas, independente do tempo. Quando o objetivo desejado é limitar ou reduzir o grau de inflamação, deve-se usar o frio. Quando a resposta inflamatória tiver cedido a tal ponto que começa a recuperação do tecido, aplica-se calor. Na dúvida, use o frio.

Em menor grau de importância, a modalidade de preferência do paciente pode ser considerada. Alguns pacientes preferem modalidades de frio, mas, habitualmente, eles preferem o calor. Para muitos, a mudança do frio para o calor é um indício de que seu processo de cura está progredindo.

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