Síndrome do Desfiladeiro Toracico





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A Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT) é um quadro de desconforto gradual, podendo chegar à dor importante na região inferior do pescoço (cervical e dorsal alta) e também no membro superior.

A causa dessa síndrome é a compressão do feixe vascular (artéria e veia) e nervoso, que vai para o membro superior devido a alterações posturais e ou anatômicas que alteram o triângulo formado pela primeira costela, clavícula e músculos escaleno e peitoral. A maioria das manifestações é devida à compressão nervosa.


A dor em geral é intermitente e relacionada aos movimentos, principalmente aqueles realizados com os braços elevados. Pode haver ainda formigamento (parestesia) e diminuição de força preferencialmente nos dedos anular e mínimo. Alguns pacientes apresentam cefaléia, dificuldade de coordenação e distúrbios psicológicos, como depressão.

Os sintomas decorrentes da compressão vascular são edema no membro superior e alterações da cor, que ocorrem de forma intermitente. A compressão venosa pode resultar em trombose da veia subclávia. Estas estruturas anatômicas que formam um triângulo são comparadas a um "desfiladeiro", de onde se origina o nome da síndrome. Em alguns casos, existem anomalias congênitas, como costela cervical, processo transverso lono da sétima vértebra cervical, ou faixa fibromuscular anômala na saída torácica.

O diagnóstico deve ser feito com neurite do plexo braquial, síndrome do túnel do carpo, hérnia de disco cervical, síndrome do impacto do ombro, tumor de Pancoast e compressão do nervo ulnar.

O tratamento é baseado em:

  • exercícios posturais, pois o problema está relacionado com má postura (costas curvadas e anteriorização do pescoço e cabeça) nas posições sentada, em pé ou mesmo deitada
  • orientação de hábitos posturais e revisão ergonômica do trabalho
  • em muitos casos, medidas terapêuticas de medicina física, tais como eletroterapia analgésica (TENS), termoterapia e exercícios de relaxamento são benéficos, além dos já citados exercícios posturais (reeducação postural clássica, que tem comprovação científica)
  • em casos específicos onde há dor muscular, caracterizada como miofascial, os bloqueios anestésicos locais nos pontos-gatilho (bandas musculares contráteis) são bastante eficazes.
Observações Importantes

O tratamento na fisioterapia nunca deve durar menos de 3 meses e deve ser contínuo. Na falha de um tratamento bem supervisionado, há indicação de avaliação cirúrgica.

Na presença de anomalia como a costela cervical e sem melhora com o tratamento conservador, a cirurgia deve ser considerada, mas levando-se em conta que a percentagem de êxito é bastante variável, com ocorrência de complicações bastante significativas.

A ocorrência de comprometimento vascular constante e grave impõe uma consulta imediata com o especialista vascular.

Dicas do mês para estudantes e profissionais de Fisioterapia


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