Uso do Ultrasom na Fisioterapia




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O ultrasom é extensivamente utilizado pela fisioterapia americana e é muito popular entre os pacientes. Apesar de ser aparentemente limitado clinicamente e possuir literatura de efetividade clínica inconclusiva, o seu uso terapêutico vem se modificando internacionalmente. O ultrasom é extensivamente utilizado e combinado com outras modalidades de tratamento de lesões de tecidos moles. É creditado ao ultrasom possuir um efeito benéfico na redução da dor e estados inflamatórios, aumentando a mobilidade funcional reduzindo o tempo de recuperação.

Nos tratamentos de tecido mole onde é necessário um trabalho além de 2cm (ele alcança no máximo 5cm)de profundidade o ultrasom ainda é a melhor escolha, pelo seu efeito suavizante dos tecidos moles. Com a vantagem de ser indolor e prazeiroso, ganha das formas de tratamento manuais(compressão isquêmica) nos casos de dor ao toque ou massagem.

São dois tipos de ultrasom:

a. Ultrasom Pulsado.

Beneficios: massagem mecânica, dispersa os fluidos do edema, dispersa toxinas, provoca a quebra de calcificações.

b. Ultrasom Contínuo.

Beneficios: produz calor profundo na interface muscular, aumenta o fluxo de sangue para circular os nutrientes, reduz o espasmo muscular, elimina a formação fibrótica.

Efeitos fisiológicos do ultrasom:

Aumenta a taxa de metabolismo no tecido.

Aumenta a extensibilidade do colageno, aumenta o fluxo sangüíneo, e a cicatrização tecidual, aumenta o AM, diminuiu a sensibilidade de elementos neurais, alivia a dor e o espasmos musculares.

O ultrasom possui indicação nos tratamentos de lesões teciduais não agudas, tratamento de inflamação sub-aguda ou crônica, regeneração tecidual, bursites não agudas, capsulites adesivas, suavizando o tecido cicatricial, miosite e estados de irritação da raiz nervosa.

A sua contraindicação é epecífica para neoplasmas(cancer ativo), desordens circulatórias, útero gravídico ou sobre os ógãos reprodutores, áreas de inflamação aguda, feridas abertas, epifisitis de ossos em crescimento, acima ou sobre marcapasso. Evite usa-lo sobre áreas insensíveis, sobre fraturas não consolidadas, evite tratamentos na área sobre o cérebro, coração, olhos e ouvidos. É recomendado que se faça uso descontínuo do ultrasom após 10 a 12 tratamentos seguidos (um por dia) em uma única área do corpo restrita para evitar prováveis efeitos fisiológicos degenerativos.


O Ultrasom no tratamento de tecidos moles.


As condições que melhor respondem ao tratamento através do ultrasom segundo a literatura americana são: distrofia muscular, hipermiotonia, pontos trigger ativos e latentes.

O protocolo para tratamento de pacientes através de ultrasom é observar em primeiro lugar qual a indicação do seu efeito: pulsátil ou contínuo? Em segundo lugar atentar para o grau de tolerância da intensidade do ultrasom no modo contínuo pelo paciente.

Os efeitos do ultrasom no modo contínuo são:

(1)A energia do ultrasom é convertida em calor no tecido superficial devido as ondas que chocam contra a resistência intra e intercelular.

Esta propriedade é única do ultrasom. O maior efeito do tratamento ocorre quando duas estruturas diferentes se encontram.

(2)As finas vibrações do ultrasom perfazem um efeito de micromassagem terapêutica para os tecidos

O ultrasom também pode alterar a estrutura do tecido cicatricial pela quebra das fibras de colageno com ação específica no cimento intersticial realinhando as fibras dobradas e cruzadas.

(3)O ultrasom possui vários efeitos químicos nos tecidos. Por exemplo, o ultrasom estimula extremamente os ions de cálcio das células, aumenta a troca gasosa e a oxidação, e liquefaz algumas células gelatinosas.

(4)As ondas do ultrasom podem induzir a absorção de exudatos e precipitatos assim como drena o edema.

(5)O ultrasom pode inibir o impulso condutivo das fibras nervosas do tipo C.

(6)As ondas de ultrasom podem também causar microdestruição de depósitos tissulares como os hematomas calcificados e suas proliferações ósseas.

E por último mas não menos importante, as ondas de ultrasom podem incentivar a produção de encefalina produzindo um efeito sedativo.

De uma maneira geral internacionalmente a administração do ultrasom no modo contínuo vem sendo preferível ao modo pulsátil quando tratamos de síndromes miofasciais, tendinosas e ligamentares pois os efeitos do ultrasom e sua indução ficam minimizadas quando utilizamos o modo pulsátil.

Pois para garantir um efeito terapêutico com ultrasom utilizando o modo pulsado(exceto no edema) isto requer um prolongado tempo de aplicação.



Outro ponto importante, incluem o posicionamento do paciente confortavelmente para que se possa adotar uma posição de alongamento passivo do tecido mole a ser tratado, entretanto a posição que o paciente assume deve permitir que o músculo a ser tratado esteja relaxado, em posição de leve grau de alongamento acessivel para o ultrasom.

O tempo de exposição ao ultrasom deve ser de 4 a 5 minutos, usando movimentos circulares com o transdutor do ultrasom.

O transdutor não deve ser movido muito rápido, mas na velocidade de 3 a 5 cm/segundo. A intensidade deve ser sempre ajustada de acordo com o conforto do paciente. A sensação de aquecimento local no modo contínuo determina um ótimo efeito.

Se o paciente percebe um excessivo calor, a intensidade do ultrasom deve ser diminuida. As ondas de som quando muito intensas para cada paciente individualmente podem ativar o mecanismo nociceptivo na faixa muscular isto poderá causar um efeito de dor no local e irradiada, então novamente a intensidade deve ser diminuida.

O calor aumenta a circulação sangüínea pela redução dos impulsos vasoconstritivos simpáticos nos tecidos moles.

Revisão:

Observe sempre os principios dos tratamento usando ultrasom no tratamento dos tecidos moles. Se os resultados forem inefetivos, citamos (a reportagem americana) algumas razões comuns:

(1) Uso do ultrasom em modo pulsátil e não contínuo.

(2) Movimento do transdutor(cabeça) muito rapidamente falhando para cobrir a área de tratamento.

(3) falha ao posicionar o paciente em contração muscular(contraindicada) durante a aplicação do ultrasom.

Procure sempre o refinamento de suas técnicas de aplicação do ultrasom.

Dicas do mês para estudantes e profissionais de Fisioterapia


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