O que é pubalgia?




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A pubalgia consiste em dor inguinal crônica e dor púbica unilateral ou bilateral. A incidência desta lesão é mais frequente em homens, devido às atividades físicas intensas, principalmente ao futebol, tênis e corrida.

Os sintomas da pubalgia são:


  • Dor na região púbica, principalmente ao levantar, sentar e ao tossir
  • Aumento da dor com apoio unipodal e exercícios de alta intensidade (corrida)
  • Sensação de ardor na região da virilha
  • Crepitação na sínfise púbica
  • Espasmos de adutor
  • Diminuição da amplitude de movimento do quadril
  • Possível dor lombar
  • Marcha Anserina (marcha com rotação lateral dos membros inferiores)
  • No futebol, dor no primeiro passe ou chute

    O diagnóstico diferencial deve ser feito para descartar doenças como: prostatite, infecção urinária, fratura por stress, dor irradiada da coluna e principalmente hérnia inguinal, a qual é confundida em 50% das vezes. Os exames de imagem podem estar normais. No raio-x pode haver deslocamento púbico para cima, e nos demais exames sinais de inflamação local.

    Os sintomas da pubalgia são na maioria das vezes causados pelo desequilíbrio muscular entre os músculos abdominais e adutores. A ação dos abdominais leva a uma elevação pélvica e os adutores acabam por tracionar, afastando a sínfise púbica, levando então a um stress ligamentar e inflamação local.

    Outro grupo muscular que interfere neste desequilíbrio biomecânico são os posteriores da coxa (isquiotibiais). Quando estes estão encurtados ocorre uma tração lombar, potencializando o desequilíbrio de abdominais de adutores, principalmente no movimento de chute do futebol.

    Tratamento - O tratamento inicial é sempre conservador. Repouso completo, administração de antiinflamatórios e aplicação de compressa de gelo por quinze minutos no local, para aliviar a dor. Pode-se alongar levemente os músculos abdominais, adutores e isquiotibiais (nos casos de término da dor, alongar normalmente).

    A fisioterapia tem papel fundamental no re-equilíbrio muscular e no retorno as atividades desportivas. O tratamento cirúrgico só é utilizado caso o tratamento conservador falhe.

  • por David Homsi


    Dicas do mês para estudantes e profissionais de Fisioterapia


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