Saiba mais sobre a Fisioterapia na ATM








Para o fisioterapeuta trabalhar na articulação temporo-mandibular é preciso entender o que é, o que causa e como tratar as possíveis alterações nessa articulação. A disfunção temporo-mandibular é o não funcionamento correto da Articulação Temporo Mandibular (ATM).

A ATM é uma das articulações mais utilizadas de todo o corpo, ela abre e fecha aproximadamente 1500 a 2000 vezes ao dia, durante os movimentos de falar, mastigar, deglutir, bocejar e ressonar. A ATM é uma articulação bicondilar, na qual os côndilos, localizados nos dois extremos da mandíbula funcionam simultaneamente. As superfícies articulares são recobertas por um tecido conjuntivo fibroso denso, avascular, que possui um número variável de células cartilaginosas, é também chamada de articulação fibrocartilaginosa.

Uma ATM tem como função normal: abertura de boca, no mínimo, igual a 40mm; movimento lateral amplo; ausência de ruídos; ausência de desvios; ausência de desgaste dental excessivo; ausência de dor; mastigação eficiente. Qualquer alteração em uma destas funções, caracterizamos como disfunção da ATM.

Essa disfunção pode ter várias causas, como traumatismo, abertura excessiva da boca, dentadura inadequada e etc.

O exame clínico deve conter três partes:
- palpação muscular e da ATM
- avaliação de movimento mandibular
- avaliação de ruídos articulares nas ATMs.

A palpação muscular compreende:

Palpação dos masseteres: palpar bilateralmente exercendo a mesma pressão. Marcar as regiões sensíveis.
Palpação dos temporais: também palpar bilateralmente e procura-se sensibilidade ou dor nessas áreas.
Palpação dos pterigóideos medial e lateral: palpa-se bilateralmente e procura-se sensibilidade ou dor nessas áreas.

Palpa-se também o esternoclidomastóideo, o esplênico e o trapézio, sempre prestando atenção para a existência de dor referida.

Na palpação da ATM, palpa-se primeiro a parte lateral, que quando sensível indicará capsulite lateral; depois palpa-se a região posterior, encontrando qualquer tipo de alteração é um indicativo de que existe inflamação na região retrodiscal. Deve-se tomar cuidado ao palpar ou manipular a ATM com inflamação, pois existe a possibilidade de desencadeamento de dor aguda. Por último, palpa-se a região ântero-superior, ocorrendo sensibilidade ou dor na ATM, pode-se concluir que há inflamação nessa região.

Nos movimentos mandibulares, avaliamos os movimentos de abertura, fechamento, se existem desvios, travamentos, rigidez à manipulação, movimentos de laterotrusão e protusão. Avaliamos também se durante esses movimentos ocorrem ruídos articulares nas ATMs como ruídos de abertura e fechamento da mandíbula, ruído no movimento de lateralidade e se existe a presença de crepitação na ATM.

Clinicamente, as disfunções temporomandibulares mais comumente encontradas são as disfunções musculares, articulares, inflamatórias, não inflamatórias, má oclusão, fatores psicológicos, má postura e hábitos parafuncionais.

Assista uma palestra sobre Fisioterapia na ATM:




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