Lesões intervenientes nas posições táticas do Futsal





Ao dedicar-se em prol da performance, o atleta muitas vezes eleva ou recebe um aumento em suas cargas de trabalho, possibilitando assim, o aparecimento de lesões que por vezes o afastam da condição de treinar e jogar, impossibilitando desta forma o desenvolvimento e ou aprimoramento de seu condicionamento, seja em uma temporada ou durante toda sua vida esportiva, este afastamento pode ocorrer devido a algumas formas, talvez a principal dela sejam as lesões.

 

O presente estudo teve como objetivo geral determinar as lesões intervenientes nas posições táticas no futsal. A amostra foi constituída por vinte atletas pertencentes as equipes finalistas da XXIII Edição do Campeonato Brasileiro de Seleções de Futsal masculino, categoria adulta, realizada em Aracaju, Sergipe - 2001. As lesões foram determinadas pelas comissões técnicas das seleções, relacionando as lesões sofridas pelos atletas durante a temporada de 2001.

 

Dos vinte e cinco atletas analisados pelo presente estudo, 60% apresentaram algum tipo de lesão, demonstrando o risco intrínseco proporcionado aos atletas praticantes desta modalidade esportiva.

 

TABELA 01- Percentual de lesões acometidas por posição tática no futsal.

 

Procedência Goleiro Ala Pivô Fixo Ala pivô
Membros Superiores 100% -- -- -- --
Membros Inferiores 33,33% 26,67% 6,67% 33,33% --
Muscular 71,43% -- -- 28,67% --
Ligamentar  20% 40% 10% 30% --
Fratura 100% -- -- -- --

 

TABELA 02- Discriminação das lesões musculares, ligamentares e fraturas por segmento:

Discriminação

TORNOZELO

PANTURRILHA

JOELHO

COXA

MÃO

Ligamentar 5,55% 33,33% -- -- -- 11,11%
Muscular -- -- 11,11% 16,67% 16,67% --
Fratura -- -- -- -- -- 5,55%

Os goleiros foram os atletas acometidos por lesões com maior freqüência, sejam elas de membros superiores ou inferiores. As lesões mais incidentes que foram  detectadas nos atletas localizaram-se nos membros inferiores, sendo do tipo ligamentar com maior incidência no tornozelo. Constatou-se também lesões musculares e fraturas.

Separando-se as lesões por segmento (TABELA 02), os dados não apresentaram relação com os estudos de LADEIRA (1999), que detectou uma incidência maior no joelho (22%), seguido do tornozelo (13,6%). Nielsen & Yde (1989) e Enggström et al. (1999), citados por LADEIRA (1999), encontraram dados similares para ambos os estudos em atletas de futebol, detectando para tornozelo 35% e 22% no joelho.

 

O maior índice de lesões nos membros inferiores ressalta que as oscilações das movimentações e dinâmicas do jogo proporcionam a estes, em especial aos tornozelos, uma gravidade e um risco maior de afastamento do atleta da prática do futsal. Avaliações em cada atleta devem ser realizadas para diagnosticar o histórico de possíveis traumas, análise postural, estabilidade articular, inserindo na periodização sessões de treinamento voltadas para o fortalecimento, equilíbrio, propriocepção e estabilidade, podendo-se desta forma, aliar a performance do atleta à prevenção de lesões e evitando o baixo rendimento atlético.

 

Autor:

Ben – Hur Soares e Cândido S. Pires Neto

UPF - Universidade de Passo Fundo –RS -BR;

PRONSAU –UNC– Universidade do Contestado –Concórdia– SC – BR.

big-ben@via-rs.net



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