Reabilitação com realidade virtual






A reabilitação com o uso de games de alta tecnologia como o Wii (Nintendo), Kinect (Xbox 360) e Playstation Move (Playstation 3) ainda não é a realidade de todos, mas vem sendo usada cada vez mais em clínicas de reabilitação e até mesmo em hospitais.

 A diferença desses consoles para os outros é que esses são completamente interativos, uma realidade virtual. O jogador deve executar o movimento para que o sensor de movimento do console capte e o transmita para a televisão, fazendo com que a pessoa sinta que está de fato dentro do jogo.

Existem inúmeros jogos de tipos diferentes e fica a critério do fisioterapeuta realizar a avaliação do paciente e escolher o tipo de jogo que será usado de acordo com o que deve ser trabalhado com o paciente, com a vantagem de, por se tratarem de jogos, em sua maioria existir a opção de escolha entre "mais fácil" e "mais difícil", sendo possível verificar e graduar a evolução do paciente. Por exemplo: um jogo de boliche, onde o jogador deve realizar o movimento de arremesso para que a bola seja arremessada, pode ser usado para trabalhar coordenação motora e equilíbrio em uma enorme gama de patologias. Ou um jogo de tênis, onde o paciente deverá deslocar-se até a bola e rebatê-la, pode ser usado para trabalho de fortalecimento e resistência muscular.

Apesar de ainda ser uma novidade no Brasil, a reabilitação com consoles de realidade virtual é bem utilizada em outros países, como Canadá e Estados Unidos. Já existem estudos que afirmam que o fato de ser uma atividade lúdica e exigir esforço físico do paciente para executar o movimento faz com que os pacientes se sintam atraídos e motivados a melhorar seu desempenho, principalmente as crianças, pois eles saem da "mesmice" de sempre e passam a fazer uma atividade prazerosa, motivando-os a continuar realizando a atividade proposta com a vantagem de poder "trocar" de atividade regularmente e não cair na rotina.

Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados. O tempo de terapia não deve passar de 30 minutos, por mais que o paciente insista: os movimentos repetitivos, principalmente para aqueles que não estão acostumados a realizar atividades físicas, acabam levando à dor no dia seguinte, prejudicando a terapia e a evolução do trabalho. A terapia com consoles deve ser feita em dias intercalados, para que a musculatura possa descansar adequadamente, e o fisioterapeuta deve sempre ficar atento a sinais de cansaço e fadiga do paciente, por mais que ele afirme que consegue e quer continuar jogando.

Texto enviado pela Drª Michelle  Fiorotto - Email: mihfiorotto@gmail.com

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