Drenagem linfática na paciente mastectomizada com linfedema





O câncer de mama é a neoplasia mais comum na mulher. Ela acontece em mulheres jovens, a partir dos 25 anos de idade, com a maioria dos casos se concentrando entre os 45 e 50 anos.

Pode estar relacionado com o padrão de dieta alimentar, comportamento hormonal e reprodutivo e fatores genéticos. É um câncer que pode ser detectado precocemente, sendo a própria paciente que o descobre. Como a maioria das mulheres não tem hábito de realizar o auto-exame das mamas, nem sempre isto acontece.
A Fisioterapia acompanha as mulheres submetidas a cirurgias da mama por tumores malignos. Estas cirurgias vão desde a retirada do tumor até a retirada da mama.
Existem então várias formas de se abordar a questão da cirurgia. Independentemente do tipo de intervenção feita, é importante saber que cada caso é um caso, com suas
necessidades diferentes. Após a mastectomia, poderá ou não ocorrer o linfedema, excesso de linfa acumulada fora do vaso linfático, que é mais comum de 2 a 5 anos após a cirurgia. Ocorre devido à retirada de gânglios linfáticos axilares, em maior ou menor número, dependendo do critério cirúrgico utilizado e, com isso, há uma interrupção da circulação linfática do membro superior. O linfedema pode acarretar diversos problemas, dentre eles, a diminuição na amplitude de movimento no membro superior, alterações da sensibilidade e processos inflamatórios e infecciosos. Causa enormes transtornos para a paciente, não só estética, como psíquica e fisicamente.

A drenagem linfática é uma técnica complexa, representada por um conjunto de manobras visando drenar o excesso de líquido acumulado no interstício, nos tecidos e dentro
dos vasos.

Provavelmente por causa da transparência da linfa e da dificuldade em visualizar os vasos linfáticos durante as dissecções, é que a descoberta do sistema linfático veio
comparativamente tarde na história da medicina. Até hoje, pouco se conhece do sistema linfático em relação ao que se conhece de outros sistemas. Existem dificuldades de estudo, de conhecimento e provavelmente por causa disto é que poucos se dedicam ao estudo e tratamento das patologias linfáticas e muitos meios terapêuticos até desastrosos foram empregados até recentemente para tratar o linfedema.

É em virtude disto que a drenagem linfática deve ser feita por profissional capacitado, o qual deve conhecer bem a anatomia, fisiologia e patologias linfáticas para poder aplicar com segurança todos os componentes da massagem. Cabe frisar que a drenagem linfática é uma técnica fácil, quando feita com conhecimentos adequados e que não exige altos custos para ser empregada. Sendo que esta melhora a resposta defensivo imunitária, aumenta a velocidade do transporte da linfa, reduz o edema, promovendo também um certo relaxamento, apresentando dentre estes, muitos outros efeitos. Promove assim, uma melhora na estética da paciente, em suas atividades de vida diária, capacitando-a a ser uma pessoa independente e mais feliz.

Segundo Bland e Copeland (1994, p.784), "o linfedema afeta de 50 a 70% de todas as pacientes de mastectomia radical, mas é grave e incapacitante apenas em aproximadamente 10%".

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De acordo com Camargo e Marx (2000), o linfedema pós-cirurgia de mama não é uma situação normal e deve ser evitado ao máximo, pois é uma patologia crônica que tem
tratamento, mas precisa de constante manutenção. Pode aparecer em qualquer época após a cirurgia, desde o pós-operatório imediato, até alguns anos depois. No entanto, o linfedema instalado rapidamente, ou surgido antes da cirurgia, normalmente indica a presença de metástases que invadem ou bloqueiam o sistema linfático. Neste caso, conforme relato médico, a paciente estudada não apresentava metástase.

O linfedema pós cirurgia de câncer de mama é um linfedema secundário tendo como fatores predisponentes a linfadenectomia axilar – que altera a drenagem linfática da mama, dos quadrantes torácicos e do membro superior – e a radioterapia que, gerando uma fibrose subcutânea, pode comprimir vasos e capilares linfáticos (CAMARGO; MARX, 2000).

Segundo Pinotti (1991, p.456), "os fatores que devem ser evitados para que o linfedema não se agrave, são os que aumentam a circulação sangüínea para a extremidade,
reduzem o retorno linfático e venoso e que favorecem as infecções".

Neste sentido deve-se evitar o uso excessivo da extremidade, a aplicação local de calor ou frio, o aquecimento generalizado, os ferimentos perfurantes e a constrição por peças de vestuário. O linfedema é a complicação mais freqüente que ocorre após a mastectomia, afetando o membro superior, causando desconforto, redução da amplitude de movimento, diminuição da sensibilidade, redução da função do membro, levando a uma mudança da imagem corporal (KIRSHBAUM, 1997).

A drenagem linfática manual melhora as funções essenciais do sistema circulatório linfático mediante manobras precisas que acompanham os trajetos linfáticos, não sendo
necessária a compressão dos músculos. A principal finalidade é mobilizar a corrente de líquidos que está dentro dos vasos linfáticos. Essa pressão leve e intermitente deve ser realizada de forma rítmica a seguir sempre o sentido fisiológico da drenagem da linfa.

Com a ajuda daqui, veja o artigo completo com caso clínico


Sugestão de título de post dado por Lilian Guedes, no Facebook


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