Efeitos fisiológicos do frio




Limitação do hematoma e edema. Diminuindo a temperatura da pele e dos tecidos subjacentes, há um estreitamento dos vasos sanguíneos, o que é conhecido como vasoconstrição. Isso diminui a quantidade de sangue na área lesada, o que reduz o tamanho do edema ou escape de líquidos. Após alguns minutos, os vasos sanguíneos se dilatam, permitindo que o sangue volte a circular na área. Esta fase é seguida por outro período de vasoconstrição.

Embora o sangue flua ainda na área, o tamanho do edema é significativamente menor do que se o gelo não fosse aplicado. Esta diminuição do edema permite mais movimento no músculo ou articulação e, dessa forma, diminui a perda funcional associada à lesão. O edema, juntamente com a resposta inflamatória, causa também um aumento da pressão no tecido, o que acarreta aumento da dor. Esta dor é intensificada por determinadas substâncias químicas que são liberadas no sangue quando o tecido é danificado. Por isso, a aplicação do gelo diminui a dor.

Diminui a dor. A diminuição da dor é um dos maiores efeitos do gelo. A percepção da dor, como numa lesão muscular ou entorse de tornozelo, pode ser torturante e o alívio promovido pela crioterapia chega a ser vital para a melhora do atleta.

Outro meio de ação do gelo para diminuir a dor é reduzir a condução do impulso nervoso de alguns nervos na pele e nos tecidos circunvizinhos. Além disso, por fornecer um outro estímulo às fibras do nervo, a sensação do frio pode inibir a sensação de dor. A aplicação do gelo pode estimular a liberação de endorfinas no local da lesão, o que também contribui para a diminuição da dor.

Reduz espasmos musculares. Há evidências que mostram uma ligação forte entre o espasmo do músculo e a dor. Um aumento na dor conduz ao espasmo do músculo, que conduz subseqüentemente a mais dor e assim por diante. Isso causa uma resposta negativa. Portanto, reduzindo a dor, o gelo pode reduzir o risco do espasmo do músculo.

Reduz as taxas do metabolismo celular. Reduzindo a taxa metabólica, o gelo reduz a necessidade de oxigênio das células. Assim, quando o fluxo sanguíneo for limitado pela vasoconstrição, o risco de morte celular devido às demandas de oxigênio (necrose celular secundária) será diminuído.


INDICAÇÕES PARA USO DA CRIOTERAPIA

- Lesões musculares e ligamentares
- Entorses articulares
- Traumas agudos (tombos, pancadas)
- Luxações
- Estiramentos
- Edemas (inchaços)
- Hematomas


A CRIOTERAPIA NÃO DEVE SER USADA NOS SEGUINTES CASOS:

- Alergia ao frio
- Síndrome de Raynaud
- Lesões cutâneas (ferimentos abertos)


PRECAUÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES AO GELO:

É preciso ter cuidado quando for utilizar o gelo nos seguintes casos:
- Doença cardíaca como hipertensão, arritmia ou angina.
- Áreas com nervos superficiais.
- Antes da prática esportiva, pois como altera a sensibilidade e melhora a dor, pode "mascarar" lesões.
- Antes da realização de alongamentos: pelo mesmo motivo descrito acima, o atleta corre o risco de exceder o limite de estiramento do músculo, causando lesões nas fibras musculares.
- Cuidado para não dormir ou exceder o tempo de aplicação do gelo para não lesar a pele ou outras estruturas por diminuição excessiva da temperatura (necrose).

Dicas do mês para estudantes e profissionais de Fisioterapia


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