Artigo: Ginástica Laboral ou Cinesioterapia laboral: Uma Ferramenta para a Melhoria da qualidade de vida do Trabalhador





Nos últimos 30 anos, temos assistido a um progressivo e crescente número de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, as famosas DORT's. Uma síndrome com grandes extensões sociais e econômicas que refletem diretamente na vida do trabalhador e da empresa devido à incapacidade do funcionário em desenvolver plenamente suas atividades além de gerar custos significativos as empresas e organizações estaduais.

Na prática empresarial a Ginástica Laboral vem crescendo e ganhando o mercado devido aos objetivos que se propõem, embora algumas vezes não os alcançando plenamente, podendo ser este o motivo do descrédito por alguns empresários; porém podemos apontar alguns fatores que podem estar influenciando para o insucesso da chegada a esses objetivos.

DORT NO BRASIL E NO MUNDO

Com o avanço da evolução industrial tivemos o aparecimento das conhecidas LER/DORT's (Lesão por Esforço Repetitivo/Distúrbio Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), uma síndrome com grande peso social e econômico que veio preocupando os empresários de todo o mundo, devido ao alto índice de afastamento do trabalho, diminuição da produtividade e incapacidade laborativa do trabalhador além de gerar custos significativos as empresas e organizações estaduais.

Neste artigo nos remeteremos ao termo DORT e não LER, pois a DORT pode ser uma LER, mas o contrário não funciona da mesma forma, nem toda LER é uma DORT, pois pode-se desenvolver uma Lesão por Repetição sem ser do trabalho específicamente.

Entende-se por DORT uma síndrome relacionada ao trabalho caracterizada pela ocorrência de vários sintomas concomitantes ou não, tais como: dor, parestesia, sensação de peso, fadiga de aparecimento insidioso geralmente nos membros superiores mas podendo acontecer em membros inferiores. Um ambiente de trabalho sujeito a riscos pode provocar surdez, algias, doenças respiratórias e do sistema muscoesquelético. Tal fato é de extrema preocupação, pois atinge o indivíduo em seu período de maior produção, limitando o crescimento tanto do homem quanto da empresa1,2 .

As DORT´s são processos inflamatórios agudos ou crônicos atingindo tendões (tendinites), bainhas (tenossinovites), músculos, sinóvias e nervos periférico, o que deve diferir dos processos inflamatórios secundários provenientes de outras patologias como reumatismo, esclerose sistêmica, gota, infecções gonocócicas traumáticas, osteartrite entre outras, por isso o diagnóstico de uma DORT deve ser criterioso2 .

Segundo o Ministério da Saúde, estatisticamente, os tendões mais freqüentemente acometidos são os das mãos, punho, cabeça longa dos bíceps e supra espinhoso, havendo predomínio em termo de 65% de que o lado afetado correspondesse ao dominante, o que leva a incapacidade laborativa e desgaste tanto para a empresa quanto para o trabalhador3.

As causas das DORT's são apontadas por diversos pesquisadores como um conjunto de fatores físicos e organizacionais do trabalho que, combinados, possibilitam o surgimento da síndrome. Dentre esses fatores, são citados: pressão psicológica, posturas inadequadas, natureza e repetitividade de movimentos e aplicação de forças, que podem influenciar diretamente no sistema músculo-esquelético do trabalhador. Os fatores causais indiretos relacionam-se ao conteúdo das atividades e à qualidade da comunicação, períodos prolongados de trabalho, ausência de pausas, não rotatividade de tarefas e fatores emocionais, tais como o estresse, pressão pela produção e o relacionamento entre chefias e funcionários4; 5.

Sendo assim, a sobrecarga pode ocorrer, tanto pela utilização excessiva de determinados grupos musculares em movimento repetitivos com ou sem exigência de esforços localizados, seja pela permanência de segmentos do corpo em determinadas posições por tempo prolongado ou resistência das estruturas musculoesqueléticas contra a gravidade sem a falta de tempo para a recuperação dessas estruturas solicitadas.

O desenvolvimento da DORT é multicausal, sendo importante levar em consideração os fatores diretos e indiretos. Os fatores de riscos não são analisados sozinhos, pois deve existir integração entre eles e o ambiente de trabalho. Não é o objetivo desse trabalho o detalhamento da análise dos fatores de riscos, no entanto conheceremos superficialmente quais são eles: frio excessivo, adequação do posto de trabalho e sua zona de conforto, vibrações por máquinas e equipamentos, compressão local dos tecidos, posturas inadequadas e limite excessivo de amplitude articular, força da gravidade oferecendo uma carga suplementar sobre a articulação e músculos,carga osteomuscular, contração estática, invariabilidade da tarefa, exigências cognitivas e pressão profissional, não devemos deixar de levar em consideração a região anatômica exposta a tais fatores de riscos1,2.

De acordo com dados da Previdência Social, com relação às doenças ocupacionais, o número passou de 6.014 casos em 1986 para 34.889 em 1996, obtendo um aumento de 480% crescendo também o número de acidentes de trabalho a partir de 1992 6.

Nos anos que compreenderam 95 e 98 iniciou-se a preocupação com o remanejamento e reintegração do funcionário afastado por lesões ostemusculares. Como não se tinha o que fazer com esses funcionários e o custo que eles emanavam às empresas era alto, começaram a encaminhar esses trabalhadores para a Previdência Social.

Com o número altíssimo de trabalhadores com distúrbios relacionados às condições de Ergonomia e a baixa probabilidade de recuperação a previdência foi levada a mudar o enfoque enquanto seguradora6,7. Assim a Previdência passou a devolver a responsabilidade para a empresa. Em 1999, apertando mais ainda o Ministério da Previdência Social foi editado o decreto 3048, aumentando de 27 para 200 a relação das doenças relacionadas com o trabalho6,7. Surgiu a obrigação de se emitir a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) e esta uma vez emitida tem pressuposição de veracidade e predispõe a empresa para ações de indenização pelo dano.

Em Janeiro de 2003 o Governo Federal mudou a forma de encarar a emissão da CAT em casos de doenças relacionadas ao trabalho e em dezembro deste mesmo ano editou a Instrução Normativa 98, que contém algumas mudanças importantes e a principal delas é determinar às empresas a emissão da CAT na suspeita de DORT6,7.

Segundo, o Programa Nacional de Prevenção a DORT a doença é a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil. Até o ano de 2005 foram abertos 1,2 mil comunicados de acidente de trabalho, sem contar os trabalhadores que pleiteiam na justiça o reconhecimento do nexo causal, em milhares de ações movidas em todo o País8.

Apesar de serem escassos os estudos epidemiológicos, a prevalência das DORT's no Brasil vem aumentando muito, denotando um maior reconhecimento das patologias musculoesqueléticas vinculadas ao trabalho e à crescente implantação de programas preventivos nas empresas9.

Na última década nosso país presenciou uma situação epidêmica com relação aos DORT, tornando-se esta patologia a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil. Somente nos últimos 5 anos foram abertos 532.434 CATs geradas pelas DORT. A cada 100 trabalhadores da região Sudeste do Brasil, 1 é portador de DORT 9.

Tais fenômenos começaram a mobilizar pesquisadores e empresários na tentativa de encontrar possíveis soluções para o problema e minimizar o impacto social e econômico no mercado de trabalho.

A FISIOTERAPIA NESTE CONTEXO

Desde 1968 a fisioterapia possui fator presencial na evolução industrial atuando na reabilitação de trabalhadores e, neste mesmo ano, o Centro de Reabilitação Profissional do Rio de Janeiro ganhou o Prêmio Internacional de Referência a Reabilitação do Trabalhador no mundo. A partir daí o crescimento foi gradativo e constante.

Em 2008 a fisioterapia do trabalho foi reconhecida como especialidade da fisioterapia e, em 2009 o ministério do trabalho assinou a aprovação da criação do TEM 2236-60 este é o número da classificação da Fisioterapia do Trabalho na CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) 10.

A ergonomia vem desempenhando um papel importante na prevenção das doenças relacionadas ao trabalho, pois permite a avaliação das condições de trabalho, propostas e implementação de soluções técnicas (levando em consideração equipamentos e ambientes físicos) e administrativas, relacionadas à programação de pausas, rodízios e mudança na organização de atividades e setores. Tais medidas associadas aos conhecimentos patológicos e mecânicos funcionais do corpo humano permitem reduzir a freqüência das doenças, os custos financeiros com indenizações e o sofrimento dos trabalhadores.

Programas de qualidade de vida vêm sendo criados com grande freqüência nas empresas a fim de atender as solicitações do mercado, sendo vendidos como atividades de prevenção das DORT's. O programa que mais tem sido divulgado no momento é a Ginástica Laboral, que vem com uma forte expectativa em relação aos empresários de ser a resposta para a prevenção dos distúrbios por sobrecarga funcional nas atividades de trabalho, o que na prática não tem sido tão eficaz quanto o esperado, não pelo fato da ferramenta não ser eficiente, mas por vezes devido a forma de utilização e a falta de acompanhamento das outras ferramentas da ergonomia.

GINÁSTICA LABORAL X ATIVIDADE FÍSICA

O primeiro passo para que a Ginástica Laboral seja melhor compreendia e aceita tanto pelos empregados quanto pelos empregadores é ter bem definido seus objetivos e implicadores. É significamente importante fazer a distinção entre a ginástica laboral e atividade física, pois essas duas práticas caminham paralelas, mas se diferem no que diz respeito aos objetivos, materiais e métodos.

Muitas empresas já aderiram a incentivadores de atividades físicas, elaborando programas de prática de esportes ou atividades que levem a um dispêndio de energia e movimentação da musculatura. Essas atividades podem ocorrer dentro ou fora da empresa, conveniados com academias ou outros centros esportivos, a fim de prevenir doenças degenerativas, principalmente as doenças coronarianas, hipertensão, estresse, obesidade, melhorando a condição física e mental. Em geral, recomenda-se a prática de esportes pelo menos de duas a três vezes por semana com duração de aproximadamente uma hora 11.

Algumas empresas utilizam palestras de conscientização sobre atividades físicas, panfletos informativos, semanas da prevenção de doenças ligadas ao sedentarismo convênios com academias, entre outros. Esses programas também fazem parte da melhora da qualidade de vida dos trabalhadores dentro e fora da empresa e seus benefícios são muito significativos. No entanto, esses programas, não têm nada a ver com a prática da Ginástica Laboral. Os programas de ginástica laboral tem como objetivo principal a prevenção de doenças ocupacionais, agindo de forma a contrabalançar a atividade muscular inerente ao trabalho. São realizados no próprio ambiente de trabalho, três vezes por semana ou diariamente por períodos que variam de 10 a 15 minutos, durante a jornada de trabalho, sendo ainda mais eficaz numa jornada de oito horas, ser realizada 2 vezes ao dia, antes de inicia o trabalho e no final da jornada.

HISTÓRIA DA GINÁSTICA LABORAL OU CINESIOTERAPIA LABORAL

Desde 1925, já se apresentavam a preocupação com o corpo e a mente12. Na mesma época, impulsionada pela cultura e tradição oriental, a prática de atividade física no trabalho teve seu grande enraizamento no Japão. Inicialmente eram destinadas a algumas atividades ocupacionais, mas após a Segunda Guerra Mundial foi difundida por todo o país. A grande propagação desses programas de atividades físicas na cultura japonesa é atribuída à veiculação de um programa da rádio Taissô, que envolve uma tradicional ginástica rítmica, com exercícios específicos, acompanhados por música própria13.

Esse tipo de atividade acontece todas as manhãs, sendo transmitida pela rádio e praticada, não somente nas fábricas ou ambientes de trabalho no início do expediente, mas também nas ruas e residências. Em geral, os movimentos propostos são lentos e compassados e servem como uma preparação para as atividades diárias em casa ou no trabalho.

Segundo Polito e Bergamaschi, no Brasil, alguns indícios da influência Japonesa mostram um pouco da evolução histórica da realização da Ginástica Laboral no país. A Federação de Rádio Taissô no Brasil coordena mais de 5.000 praticantes ligados a 30 entidades em quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Mato Grosso do Sul13.

Na década de 70, a vinda dos Japoneses ao Brasil estimularam a prática dessa atividade nas empresas, após algumas experiências isoladas no final da década de 70, houve um período em que sua prática caiu no esquecimento. Para Polito e Bergamaschi, isto pode ser atribuído à carência de resultados que servissem de base para sua disseminação.

A partir da metade da década de 80 houve uma retoma na utilização deste método, desta vez já em forma de Ginástica Laboral. Na mesma época, em 1987, acontecia o reconhecimento da tenossinovite como doença profissional, este fato exigiu maiores medidas de enfrentamento social a cerca da ameaça das lesões, principalmente por parte do empresariado. Na mesma época, era iniciada a ênfase à qualidade de vida no trabalho. No Brasil, teve sua explosão na década de 90, sendo que inúmeras empresas passaram a introduzir em suas rotinas laborativas a execução de exercícios. Os propósitos são diversificados, mas na maioria dos casos é atribuída à prevenção de DORT.

Sendo o objetivo cada vez mais estreito sobre as DORT's, o termo ginástica, para este fim, é um tanto quanto controverso, com algumas definições e correntes ideológicas. Já o termo Cinesioterapia denota Terapia pelo Movimento, uma forma de tratamento pelo uso do movimento e prevenção de doenças.
Ginástica, palavra derivada do grego Gymnos que significa desnudo. Nasceu na antiga Grécia há aproximadamente 3.000 anos como um meio de integrar do corpo e a mente. Para isto, os antigos helenos criaram os ginásios, que eram o centro de toda a atividade física e cultural em cada comunidade. Na China, Índia e Pérsia também foram desenvolvidas disciplinas ginásticas como treinamento básico para os pretendentes a postos militares13.  

O termo cinesioterapia, do grego kínesis, movimento e therapeia, terapia, de origem oriental, atualmente é a terapia mais utilizada, sendo importante por estar ligada a todas às outras formas de terapias físicas, como a Hidroterapia. É a designação dos processos terapêuticos que visam a reabilitação funcional através da realização de movimentos ativos e passivos. Tem como objetivo prevenir, eliminar ou diminuir os distúrbios do movimento e função.

TIPOS DE PROGRAMAS DE GINÁSTICA LABORAL

De modo geral a Ginástica Laboral (GL) é uma atividade desenvolvida dentro da empresa e consiste em exercícios específicos realizados no próprio local de trabalho e desenvolvido para cada atividade.

Para Kooling (1980), a GL é chamada de Ginástica Laboral Compensatória (GLC), devendo atuar sobre as sinergias musculares antagônicas às que se encontram ativas durante o trabalho14. Este tipo de atividade visa proporcionar a compensação e o equilíbrio funcional, assim como também atuar com a recuperação ativa, de forma a aproveitar as pausas regulares durante a jornada de trabalho para exercitar os músculos correspondentes e relaxar os grupos musculares que estão em contração durante o trabalho, com o objetivo de prevenir a fadiga.

Já para Targa 15 a GL Compensatória é a ginástica que tenta impedir que se instalem vícios posturais durante as atividades habituais, principalmente as do ambiente de trabalho. Utiliza exercícios que atuam sobre musculaturas pouco solicitadas e relaxam aquelas que trabalham em demasia. Segundo Dias 16, a GL é definida como Ginástica Laboral Preparatória (GLP) e visa a realização de exercícios específicos dentro do local de trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica.

Para Zilli 17, pode ser classificada de acordo com o seu horário de aplicação: 1 - Preparatória ou de Aquecimento: realizada no início da jornada de trabalho, ela ativa fisiologicamente o organismo, prepara para o trabalho físico e melhora o nível de concentração e disposição, elevando a temperatura do corpo, oxigenando os tecidos e aumentando a freqüência cardíaca. 2 - Compensatória: com duração de 5 a 10 minutos durante a jornada de trabalho, sua principal finalidade é compensar todo e qualquer tipo de tensão muscular adquirido pelo uso excessivo ou inadequado das estruturas musculoligamentares.

Tem o objetivo de melhorar a circulação com a retirada de resíduos metabólicos, modificar a postura no trabalho, reabastecer os depósitos de glicogênio e prevenir a fadiga muscular. 3 - Relaxamento: realizada no final da jornada de trabalho durante 10 ou 12 minutos, tem como objetivo a redução do estresse, alívio das tensões, redução dos índices de desavenças no trabalho e em casa, com conseqüente melhora da função social. São realizadas automassagens, exercícios respiratórios, exercícios de alongamento e flexibilidade.

Os três tipos descritos por Zilli, são os mais utilizados nas empresas e mais divulgados em sites na internet e panfletos, prometendo vários benefícios tanto para a empresa quanto para os funcionários.

EFICÁCIA DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL

É inegável a importância do desenvolvimento de exercícios no ambiente de trabalho, assim como em nossa vida, mas não da maneira como se colocam nos dias de hoje, devemos refletir sobre os resultados atribuídos somente a Ginástica Laboral.

Para a eficácia dos programas de Ginástica Laboral, devemos separar seus objetivos e metas, bem como a forma com que o programa será aplicado e se existe a necessidade de outras ferramentas ergonômicas associadas.

A ergonomia é uma ciência multidisciplinar que estuda a relação do homem com o seu trabalho, seu objetivo básico é a humanização e a melhoria da produtividade do sistema de trabalho. Desta forma seu objetivo principal é fornecer meios para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, adaptando o trabalho às características anatômicas, fisiológicas e psicológicas dos mesmos. As intervenções ergonômicas tem se mostrado bastante efetivas no que se diz respeito a redução da incidência e recidiva das DORT's18.

A ginástica laboral quando bem orientada, pode contribuir com a ergonomia reduzindo as dores, fadiga, monotonia, estresse, acidentes e doenças ocupacionais dos trabalhadores.

A literatura sobre a medicina do esporte, indica que esportes que envolvem atividades de natureza repetitiva ou que envolvem esforço (tais como o tênis e o baseball) estão relacionados ao aparecimento de afecções no sistema músculo-esquelético, ao invés de sua prevenção11. Complementam sua afirmação dizendo que é interessante notar que nas atividades esportivas profissionais os jogadores fazem um número maior de pausas para recuperação e a duração das tarefas intensas é bem menor do que ocorre nos locais de trabalho tradicionais, onde os trabalhadores devem realizar trabalhos repetitivos e cansativos por períodos de 8 horas durante 5 ou 6 dias na semana. Isso nos faz acreditar ainda mais que se faz necessário uma intervenção no trabalho desses empregados e que os benefícios por mais que não sejam estatisticamente contabilizados existem.

Segundo Pegado, algumas empresas experimentam resultados frustrantes em seus programas de exercícios porque os orientadores do programa não estavam preparados para conduzir e administrar adequadamente a ginástica laboral, porém, não faz distinção entre o uso de facilitador ou professor de educação física20.

De acordo com Pinto e Souza (2004), segundo estudos realizados, a ginástica laboral adaptada para as necessidades impostas pelo tipo de trabalho, realizada sem sair do posto, em breves períodos de tempo, ao longo de todo o dia de trabalho, pode produzir resultados positivos para o empregado e o empregador 21.

Estudos realizados por Ranney em 2000 evidenciaram que os esforços e posturas contraídas estáticas têm sido associados as algias, fadiga e distúrbios musculares. Mesmo em situações de baixas cargas, como aquelas sobre os ombros, na atividade em frente a um terminal de vídeo, a postura estática pode levar à dor e lesão22.

Podemos pensar então que momentos de pausas deverão ocorrer durante o período de trabalho, no intuito de uma recuperação da fadiga em que o organismos está sendo submetido.

De acordo com Couto, no ambiente de trabalho a pausa passiva é caracterizada quando o trabalhador interrompe suas atividades laborais e simplesmente descansa, sem acelerar a metabolização ou a excreção dos resíduos metabólicos. Já a pausa ativa representa um "repouso ativo" que ocorre com a utilização de exercícios físicos ativando a circulação sanguínea, diminuindo a concentração do ácido lático, promovendo reequilíbrio metabólico, na melhoria da oxigenação dos tecidos, na eliminação de substratos, na ativação de outras estruturas osteomusculoligamentares (alongamento e relaxamento das fibras musculares, melhora da viscosidade e lubrificação dos tendões) dentre outros aspectos importantes para a compensação psicofisiológica, como o relaxamento psicológico, diminuição da tensão/estresse, melhora do inter-relacionamento pessoal 23.

Segundo estudos distintos de Carvalho et al (2005), Simões e Baruffi (2002) e Militão (2001), todos apresentaram efeitos positivos sobre a qualidade de vida dos trabalhadores e diminuição da fadiga muscular 22.

O fato do insucesso da GL, em algumas empresas talvez não esteja somente ligada ao despreparo dos orientadores ou a incapacidade da própria atividade de chegar ao objetivo desejado, mas sim a falta de um olhar adequado a real necessidade do trabalhador e de seu posto de trabalho.

GINÁSTICA LABORAL UMA FERRAMENTA DE PESO PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA

O corpo humano precisa estar em total equilíbrio para que o indivíduo desenvolva suas atividades diárias de forma adequada. Para isso se faz necessário estar gozando de saúde física, mental, psíquica e emocional. Não só no trabalho como em casa, devemos buscar estar bem com o nosso corpo e mente, procurando realizar atividades físicas, ter boas noites de sono além de uma alimentação saudável e balanceada.

Havendo excesso ou carência de alguns fatores que influenciam os sistemas físicos, mentais e emocional, vão acarretar em um desequilíbrio da máquina humana.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a saúde pode ser comprometida por alguns fatores dentre eles; agentes agressivos também chamados de fatores de risco como ruídos, temperatura, mobiliário, iluminação não adequada; deficiência de fatores ambientais, falta de atividade muscular, falta de comunicação com outras pessoas, falta de diversificação em tarefas de trabalho e principalmente ausência de desafios intelectuais 24.

Durante uma jornada de trabalho o corpo humano é submetido a uma diversidade de influenciadores como, pesos, posicionamentos, calor, frio, mudanças de altitudes, atenção, monotonia, estresse entre outros, que levam a uma desarmonia tanto do corpo quanto da mente.

Baseado em COUTO, os músculos são nutridos principalmente durante seu relaxamento, sendo que na contração muscular dinâmica deixa momentaneamente de receber aporte sangüíneo, mas a partir do momento que relaxa e se alonga recebe o afluxo de sangue novamente.  Já na contração isométrica ou estática na qual o músculo permanece contraído deixando de receber seu aporte sanguíneo onde os processos metabólicos passam a ocorrer por via anaeróbica tendo a produção e acúmulo de ácido lático que leva a irritação e dor nas terminações nervosas 25,26.

Quando impomos ao organismo situações que fogem do equilíbrio ou quando sobrecarregamos de certa forma as estruturas do corpo, criamos conseqüências á máquina humana.  No processo de trabalho podemos encontrar diversas situações que interferem na fisiologia da máquina humana, dentre elas, fadiga, monotonia, perturbações climáticas, iluminação inadequada, estresse e ruído.

Segundo COUTO, todas as situações de esforço estático ou isométrico, tem como conseqüência primária a fadiga muscular, onde ocorre dor no segmento afetado devido ao acúmulo do ácido lático, essa fadiga pode ainda acarretar em aparecimento de tremores que podem contribuir para a ocorrência de erros na execução das atividades 25,26.

Para GRANDJEAN 27, além da pura fadiga muscular existem sete outras formas, fadiga gerada pela exigência visual, fadiga provocada pela exigência física de todo o organismo (fadiga corporal geral), fadiga do trabalho mental, fadiga produzida pela exigência exclusiva das funções psicomotoras (fadiga da destreza ou nervosa), fadiga gerada pela monotonia do trabalho ou do ambiente, fadiga por somatório da influencias fadigantes prolongadas (fadiga crônica), fadiga circadiana ou nictemérica, gerada pelo ritmo biológico do ciclo de dia e noite, que se instala periodicamente e conduz o sono. Uma vez instalada alguma destas fadigas o indivíduo pode apresentar, sonolência, lassidão e falta de disposição para o trabalho, dificuldades para pensar, diminuição da atenção, lentidão e amortecimento das percepções, diminuição da força de vontade, perdas de produtividade em atividades físicas e mentais.

Conforme GRANDJEAN 27, tarefas repetitivas e monótonas estão relacionadas com a baixa satisfação com o trabalho do que com trabalhos com um espaço de atividades mais amplo. O limitado espaço de manobra das operações repetitivas pode levar o indivíduo a atrofia mental e física dos órgãos, monotonia, risco de falhas e acidentes, diminuição da satisfação no trabalho, prejuízo no desdobramento das capacidades humanas e absenteísmo elevado, crescentes dificuldades para preenchimento de vagas.

Segundo COUTO 25,26 ,todas as situações de esforço estático ou isométrico, tem como conseqüência primária a fadiga muscular, onde ocorre dor no segmento afetado devido ao acúmulo do ácido lático, essa fadiga pode ainda acarretar em aparecimento de tremores que podem contribuir para a ocorrência de erros na execução das atividades.

Esses fatores fisiológicos sobre o corpo, são os que mais contribuem para as DORT's, por esta razão exercícios de alongamentos direcionados durante 15 minutos realizados duas vezes para cada turno se tornam grandes aliados ao combate das doenças mais comuns do trabalho, pelo fato de melhorar a nutrição e oxigenação dos tecidos, reposicionar as estruturas do corpo, sair da monotonia, tirar o foco do estresse momentaneamente, diminui a exaustão causada pelo estresse e pelo trabalho contínuo, diminui o sedentarismo e estimula a procura por atividades físicas, melhora a atenção no trabalho, diminui o nível de acidentes melhorando o estado geral.

Couto 25,26 , enfatiza a importância da pausa para o organismo humano. Dentre os mecanismos que previnem as lesões, através da realização de pausas em atividades repetitivas, podemos destacar que:

  • O fluxo de sangue normal retira as concentrações acumuladas de ácido lático muscular, evitando assim possíveis irritações nas terminações nervosas livres;
  • Os tendões retornam às suas estruturas normais, voltando a sua formação normal (viscoelasticidade e conformação); e
  • A lubrificação dos tendões pelo líquido sinovial, evitando atrito interestrutural.

A influência benéfica da atividade física sobre a dimensão emocional da qualidade de vida segundo Silva (1999), se dá sob múltiplos aspectos, especialmente os efeitos nocivos do estresse e o melhor gerenciamento das tensões próprias do viver 17.

A população brasileira de um modo geral, por falta de estímulos, crescem adquirindo vícios dos mais diversos e deixando de lado a preocupação com a saúde, pois na maioria das vezes os efeitos não são sentidos imediatamente, só retornam a preocupação em relação a saúde e qualidade de vida na terceira idade, onde os problemas já se instalaram no decorrer dos anos, nossa intenção enquanto promotores de qualidade de vida é mudar essa percepção em relação a nós mesmos e contribuir para o estado de saúde geral do trabalhador.

Segundo os conhecimentos relacionados a fisiologia humana, quando um individuo é imposto a trabalhos de grande estresse e atenção, ou pouco raciocínio e mais mecanização levando a um trabalho monótono, ou imposto a grandes esforços físicos, calor excessivo, frio excessivo, luminosidade alta ou baixa demais, posturas inadequadas, vai levar a um desgaste da máquina humana o que provavelmente irá gerar em desequilíbrio e futuros problemas tanto físicos quanto psicológicos.

Deve-se entender portanto que a Ginástica laboral, quanto a seus objetivos de melhorar a nutrição e oxigenação dos tecidos, reposicionar as estruturas do corpo, sair da monotonia, tirar o foco do estresse momentaneamente, diminui a exaustão causada pelo estresse e pelo trabalho contínuo, diminui o sedentarismo e estimula a procura por atividades físicas, melhora a atenção no trabalho, diminui o nível de acidentes melhorando o estado geral do trabalhador atende as situações impostas durante a jornada de trabalho, quando realizado da forma adequada, respeitando os momentos de pausa para a reconstituição dos tecidos. Além do fato de ser realizada adequadamente, não podemos esquecer que estamos lidando com pessoas que pensam e sentem e que para ser benéfica ao homem deve ser levado em consideração a sua vontade, sem situações que imponham ou causem constrangimentos.

EFEITOS SOBRE AS EMPRESAS

A mudança dos fatores de mudança social no Brasil em relação as condições ergonômicas acabam caindo sobre os empresários e com isso a dificuldade e o ônus com administração das DORT's, a implantação da ginástica laboral acaba sendo o meio mais rápido, prático e menos custoso de dar inicio a solução dos problemas relacionados as lesões osteomusculares relacionadas ao trabalho 11.

Através da implantação da Ginástica Laboral, a empresa se beneficia em alguns fatores já comprovados, entre eles a diminuição dos problemas de saúde do trabalhador e com isso um aumento na produtividade da empresa. Isso se dá em razão de uma diminuição das faltas por motivos médicos e também a redução dos acidentes de trabalho.

O trabalhador também recebe benefícios, pois grande parte dos exercícios que são executados durante a terapia, visam reduzir o impacto e o estresse muscular que o indivíduo sofre durante sua jornada de trabalho17. Isto significa que não só trabalhadores "braçais" ou funcionários da linha de produção necessitam da Ginástica Laboral, mas também trabalhadores administrativos (digitadores, secretárias, etc.) e externos (motorista, vendedores, entregadores, etc.). Estes tipos de trabalho (administrativo, produção e/ou externo) trazem sérios problemas posturais, musculares, memtais e visuais. Um programa de Ginástica Laboral visa minimizar as lesões ósteomusculares e ergonômicas causadas por estas atividades.

Na prática podemos observar a melhor integração entre os funcionários, na maioria das vezes melhor disposição para desenvolver as atividades laborais e um melhor clima organizacional no ambiente de trabalho, além da satisfação do funcionário em relação à empresa.

A ginástica laboral assumiu definitivamente o papel de ferramenta contra ações cíveis (trabalhistas) para os empresários, retirando o dolo e culpa da empresa nessas reclamações. A implantação do programa prova perante à lei que a empresa se preocupa com a saúde e qualidade de vida do seu colaborador. Porém, não há até o momento nada que se refira a ginástica laboral como uma exigência legal na prevenção das DORT's, portanto como ela esta inserida dentro de uma medida ergonômica, e a ergonomia esta inserida como exigência legal, podemos levar em consideração que seja uma medida paliativa. Por esta razão talvez a relação da GL como ferramenta contra as ações cíveis.

CONCLUSÃO

Os vários estudos revisados, apontam as reais necessidades de uma intervenção no ambiente de trabalho e melhora da qualidade de vida dos trabalhadores. A evolução do homem tem contribuído para o sedentarismo aumentando assim os problemas relacionados a saúde o que acaba refletindo no ambiente de trabalho.

A Ergonomia entrou nessa briga para estudar, atuar, eliminar ou minimizar os problemas que estivessem relacionados a saúde do trabalhador e vem sendo muito eficaz no que se diz respeito aos seus objetivos.

De acordo com a prática dentro das empresas, diversos profissionais vem se especializando para contribuir com os trabalhos ergonômicos e o bem estar entre trabalhadores e empresa.

Com a atuação dos Fisioterapeutas nesse mercado as influências da cinesioterapia, terapia pelo movimento, uma forma de tratamento pelo uso do movimento e prevenção de doenças e pelo próprio conhecimento aprofundado em fisiologia do movimento e biomecânica, o fisioterapeuta do trabalho vem se destacado nessa área.

Observamos que na prática empresarial o termo Ginástica Laboral "vende mais", toda empresa quer uma "Ginástica Laboral", talvez o termo mais apropriado fosse cinesioterapia laboral, visto que o propósito de prevenção e reabilitação se dá através de conhecimentos cinesioterapêuticos, conhecimento este do fisioterapeuta.

Porém segundo as correntes "mercadológicas", a Cinesioterapia Laboral seria uma forma focada no tratamento e controle da DORT, tornando o ato privativo aos fisioterapeutas, no entanto, na visão dos educadores físicos a Ginástica Laboral seria privativa deles, pois como vimos o educador físico é o profissional capacitado para ministrar as aulas com os objetivos a que elas se remetem em cumprir.

Atualmente na prática do mercado os dois termos são utilizados, não há uma forma legal que restrinja o uso dos termos para uma das profissões, embora exista uma certa disputa por parte dos conselhos de fisioterapia e de educação física, para estabelecer quem esteja melhor capacitado para assumir os objetivos que a atividade proposta se impõem, e está sim deveria ser a real preocupação para que não permitamos que uma ferramenta tão útil para a ergonomia perca o seu devido valor.

A luta pela prevenção e tratamento das afecções do trabalho deve ser continua, dinâmica e perseverante, pois é fato que as posturas mudam a forma de trabalho propriamente dito, diferente do trabalhos descrito, mudam o tempo todo, o ser humano cai na rotina e o interesse se transforma. Não é possível fazer o mesmo trabalho sempre e achar que ele será a salvação dos problemas.

A ginástica laboral quando bem orientada, pode contribuir com a ergonomia reduzindo as dores, fadiga, monotonia, estresse, acidentes e doenças ocupacionais dos trabalhadores.

Se faz importante salientar que a ginástica laboral, não é somente um produto de venda, se trata de uma ferramenta de intervenção ergonômica e faz parte de um projeto de qualidade de vida do trabalhador, sendo seus objetivos voltados à saúde do trabalhador. Não devemos permitir que se torne, apenas um produto de venda e deixando-a banalizada e ineficaz devido ao seu uso inadequado.

Para que não caia na ineficiência, é necessário compreender e estabelecer todo um projeto de intervenção (a curto, médio e longo prazo) na qualidade de vida dos trabalhadores participantes. Deste modo, a GL compões uma das ações efetivas dentro dos programas de qualidade de vida, não devendo esquecer também os outros fatores que contribuem para a saúde do trabalhador.

Diante das evidências encontradas na literatura e mediante o crescimento da difusão da GL no Brasil, percebemos suas qualidades e o quanto ainda precisa ser explorada para que seja cada vez mais eficaz no que se propõe e que os profissionais fazem uso dessa ferramenta a tratem cada vez com mais seriedade e conhecimento.

BIBLIOGRAFIA:

  1. Alencar JF, Coury, HJCG, Oishi J, Aspectos Relevantes no Diagnóstico de Dort e Fibromialgia, Revista Brasileira de. Fisioterapia, São Carlos, v 13, n.1, p. 52-8, jan./fev. 2009.
  2. VERONESI. J.R: Perícia Judicial para Fisioterapeutas, São Paulo, 2009, Andreoli.
  3. Ministério da Saúde, Brasil (2000). Protocolo de investigação, diagnóstico, tratamento e prevenção de LER/DORT. Brasília: Ministério da Saúde.
  4. Maciel, R. H. (1998). Ergonomia e lesões por esforços repetitivos. In W. Codo & M. C. C. G. Almeida: Lesões por Esforços Repetitivos: Diagnóstico, Tratamento e Prevenção: uma abordagem multidisciplinar. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 2005, vol. 8.
  5. RANNEY, Don. Distúrbios Osteomusculares crônicos relacionados ao trabalho/Don Ranney; ilustrado por Alan Ranney; tradução Sílvia M. Espada. São Paulo:Ed. Roca, 2000.
  6. Site fisioweb.com.br LER/DORT por Prof. Blair José Rosa Filho,  acesso em Março de 2011.
  7. Site www.previdencia.gov.br, acesso em novembro de 2010.
  8. Gazeta Mercantil, Caderno C - Pág. 7, por Nina Hao Soares, entrevista com Maria José Americano, acesso em 06 de 2011.
  9. Fisio Brasil, ano 12- Edição número 96 – Agosto de 2006- ISSN 1676-1324, pág 38-46.
  10.  Regina Heloisa Maciel1, Ana Maria F. Costa Albuquerque, Adriana C. Melzer e Suzete Rodrigues Leônidas, Quem se Beneficia dos Programas de Ginástica Laboral? Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 2005, vol. 8, pp. 71-86.
  11. CAÑETE, I. Desafio da empresa moderna: a ginástica laboral como um caminho. 2. ed. São Paulo: Ícone, 2001.
  12. COFFITO internet : http://www.coffito.org.br, 05 de 2011.
  13. KOLLING A. Ginástica laboral compensatória. Revista Brasileira de Educação Física e Desporto 1980.
  14. Targa, J. Teoria da educação físico-desportivo-recreativa. Porto Alegre: Escola superior de Educação Física, 1973.
  15. DIAS, M. F. M. G. Ginástica laboral: empresas gaúchas têm bons resultados com a ginástica antes do trabalho,1994.
  16. ZILLI, C.M. Manual de Cinesioterapia/Ginástica Laboral. São Paulo: Lovise, 2002.
  17. Site www.multhiser.com.br , Qualidade de vida no Trabalho, por Alexandre Noschang Vieira.
  18. Raquel Guimarães Soares  ,Ada Ávila Assunção, Francisco de Paula Antunes Lima, A baixa adesão ao programa de ginástica laboral: buscando elementos do trabalho para entender o problema, Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, 31 (114): 149-160, 2006.
  19. Pegado, P. Saúde & Atividade física na empresa. In: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Física e Desporto: esporte e lazer na empresa, 1990.
  20. Pinto, A. C. C. S. & Souza, R. C. P. (2004). A Ginástica laboral como ferramenta para a melhoria da qualidade de vida no setor de cozinha em restaurantes. Internet: www.eps.ufsc.br. Acesso em 01/2011
  21. Pereira, C.C.D.A; López, R.F.A; Lima, V.A, Efeitos de um programa de Ginástica Laboral sobre os níveis de fadiga em trabalhadores de confecção, Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nº 133 - Junho de 2009.
  22. COUTO, H.; NICOLETTI, Sérgio José e LECH, Osvandré. Como gerenciar a questão das LER/D.O.R.T.: lesões por esforços repetitivos, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Belo Horizonte: Editora Ergo, 1998.
  23. Ministério da Saúde do Brasil, Organização Pan-americana da Saúde/Brasil, Doenças Relacionadas ao Trabalho, Série A. Normas e Manuais Técnicos; n. 114, Brasília- DF, 2001.
  24. COUTO, H.A. Ergonomia Aplicada ao Trabalho: O Manual Técnico da Máquina Humana, Belo Horizonte, Ergo, vol I, 1995.
  25. COUTO, H.A. Ergonomia Aplicada ao Trabalho: O Manual Técnico da Máquina Humana, Belo Horizonte, Ergo, vol II, 1995.
  26. GRANDJEAN, E. Manual de Ergonomia Adaptando o Trabalho ao Homem; trad. João Pedro Stein, Porto Alegre, Bookman, 4ª ed. 1998.
  27. Associação Brasileira de Ergonomia. Definição internacional de ergonomia. Internet: www.abergo.org.br , 05 de 2011.
  28. Jornal Estado de São Paulo Internet:  www.estadao.com.br 06 de 2011.
  29. Associação Brasileira de Fisioterapia do Trabalho Internet: www.sobrafit.com.br
  30. GUYTON, A.C e HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de janeiro: Ed. Guanabara Koogan S.A, 10ª ed. 2002.

 

Autor(es): Danielle Nogueira de Carvalho

Dicas do mês para estudantes e profissionais de Fisioterapia


Tecnologia do Blogger.