Tratamento de Microcorrente em úlcera







Quando falamos em eletroterapia, várias são as possibilidades que nos vem à mente devido a alta gama de estudos desenvolvidos nas diversas categorias utilizadas nesta modalidade terapêutica. Isto é uma vantagem para o paciente e uma ferramenta a mais para o terapeuta. Por outro lado, quando procuramos estudos realizados com o que, nos Estados Unidos, é chamado de "wave of the future", nos deparamos com uma lacuna muito importante a ser preenchida. A microcorrente é um adjuvante extremamente eficaz em diversas patologias, com superior vantagens quando pensamos em terapia minimamente invasiva, pois ela é sensorialmente menos invasiva que as correntes terapêuticas.A microcorrente é uma corrente polarizada que utiliza baixíssima amperagem, sendo mesmo sub-sensorial, que possui diversas respostas fisiológicas que gerarão adaptações benéficas aos tecidos lesados. Ela pode ser oferecida em aparelhos especializados ou através de um novíssimo adesivo (MCT Patch®) que provê uma carga de 41 microamperes com uma capacidade de tratamento de até 500 hs(2,4,5).

Em 1985, Becker já falava sobre a "corrente de lesão" derivada da incapacidade da condução da corrente biológica em tecidos lesados. Esta corrente ocorre em picos (trilhões) e nano (bilhões) da amplitude de amperes. Existe um montante considerável de literatura científica sugerindo que a cicatrização, crescimento e regeneração em todos os organismos vivos são mediados por um fluxo endógeno de corrente elétrica. Em tecidos lesados, entretanto, uma "interrupção elétrica" toma lugar, ocorrendo um aumento na resistência ao fluxo elétrico (bioimpedância elétrica), o que impede a resolução de problemas crônicos e da dor. Para solucionar este dilema, foi desenvolvido o MCT Patch® que oferta microcorrentes exógenas (milionésimo de um ampere) para o local lesado para normalizar o fluxo de corrente endógena. A bioimpedância dos tecidos lesados é então reduzida, restabelecendo a bioeletricidade para reestabilizar a homeostase local(2,4,5).

A terapia com estimulação por microcorrente pode, então, ser vista como uma catalisadora nos processos iniciais e de sustentação em numerosas reações químicas e elétricas que ocorrem no processo cicatricial. A microcorrente acelera em até 500% a produção do Trifosfato de adenosina (ATP), sendo essa molécula a grande responsável pela síntese protéica e regeneração tecidual devido a sua participação em todos os processos energéticos da célula. Enquanto o TENS (estimulação elétrica nervosa transcutânea) é usado no controle da dor, a microcorrente, devido a sua proximidade com a corrente biológica, realiza um trabalho a nível celular. Em teoria, o tecido saudável é o resultado do fluxo direto de correntes elétricas pelo nosso corpo. O balanço elétrico é alterado quando o corpo é lesado em um determinado local, fazendo com que a corrente elétrica mude seu curso. O uso de Micro-correntes sobre a lesão tem o objetivo de normalizar esse fluxo, objetivando o reparo do tecido. Dados demonstram que o ATP nas células ajuda a promover a síntese protéica e cicatrização. A necessidade de ATP durante o trauma nos tecidos resulta num decréscimo da produção de sódio e um aumento no lixo metabólico (H+), que é sentido como dor. O uso de Micro-corrente na área lesada ajuda na normalização da corrente elétrica biológica, aumentando a produção de ATP, resultando numa maior cicatrização e recuperação bem como minimizando a percepção de dor(2,4,5).

Fonte


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