Fisioterapia para pé equino em crianças





A deformidade em pé eqüino em crianças com paralisia cerebral é uma das manifestações motoras mais comuns.

Como descrito por vários autores, o pé eqüino está, na maioria dos casos, associado ao varismo de retropé, adução e supinação de antepé e acentuação do cavo plantar. Por isso, é comumente denominado de deformidade em pé eqüino varo.

A deformidade em pé eqüino pode resultar em problemas na articulação do joelho, na marcha, no equilíbrio e na propriocepção.

O tratamento deve ser realizado primeiramente de maneira conservadora, sendo iniciado o mais precoce possível. As estruturas mecânicas (tanto as ósseas quanto os tecidos moles) se desenvolverão de acordo com as solicitações que forem submetidas.

Se o pé eqüino não for tratado, a estrutura óssea estará sujeita a solicitações anormais e os tecidos moles apresentarão novas alterações de caráter adaptativo, agravando a deformidade. A mobilização do pé eqüino deve ser realizada pelo fisioterapeuta que disponha de conhecimentos detalhados sobre a anatomia e a mbilidade do pé. Há vários procedimentos que podem ser realizados, tais como:

Exercício 1 (mobilização passiva): com uma das mãos o fisioterapeuta segura o calcâneo e as extremidades distais da tíbia e da fíbula. Dessa maneira, o fisioterapeuta é capaz de proteger as 36 epífases da fíbula e da tíbia contra a ação das forças tangenciais e de fixar a metade posterior do pé, enquanto a outra mão mobiliza a porção anterior do pé, corrigindo sua posição de adução e plantiflexão. Depois de se obter um certo grau de correção, o tendão de calcâneo poderá ser alongado de maneira mais eficaz. Uma das mãos do fisioterapeuta segura o pé, enquanto o calcanhar é tracionado para baixo, para alongar os músculos flexores da planta do pé. O paciente deve estar em decúbito dorsal e os joelhos mantidos em flexão, para evitar a distensão do ligamento interno do joelho.

Exercício 2 (alongamento do músculo tibial posterior): com o paciente em decúbito dorsal, o terapeuta segura a superfície plantar do pé com uma das mãos, com a outra a face distal da tíbia e fíbula, trazendo o pé para dorsiflexão e eversão, alongando, assim, o tibial posterior.

Exercício 3 (posição ortostática): após a mobilização passiva, o paciente pode ser posicionado em ortostatismo, mesmo nos casos de tetraplegia, com o auxílio de uma bola terapêutica. O fisioterapeuta permanece atrás do paciente corrigindo a posição do pé.

Exercício 4: estimular o paciente a fazer a dorsiflexão ativa do pé, e, se possível, resistida. Pode-se também fazer uso de órtese, para que os músculos permaneçam alongados.

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