Efeitos secundários e contra-indicações da Tosse na Fisioterapia





A tosse é um reflexo natural do corpo para eliminar qualquer irritação pulmonar. O tipo da tosse, quantidade e cor da secreção assim como o tempo que o paciente está tossindo determinam se a tosse é de origem infecciosa como uma virose, alérgica como no caso da rinite ou consequência de uma bronquite.

Consiste em uma expiração forçada explosiva onde atua como mecanismo mecânico em defesa da árvore traqueobrônquica. A tosse pode ser espontânea, provocada (reflexa) ou voluntária. Didaticamente chamada de "tosse dirigida" ou "controlada", seja a alto volume (iniciada na Capacidade Pulmonar Total), ou seja, a baixo volume iniciada na Capacidade Residual Funcional, única ou em série.

É muito importante distinguir a tosse "irritativa" não produtiva, também chamada "tosse seca" (que deve ser inibida) da tosse fisiológica, a tosse "produtiva", está deve ser incentivada. No tratamento da Fisioterapia Respiratória, a tosse constitui o término de uma sequência de técnicas para remoção de secreções brônquicas.

Efeitos secundários da Tosse

Na presença de tosse espontânea, violenta, repetida e muito prolongada, ocorrem os seguintes efeitos:

1. Nas vias aéreas superiores: traumatismos da laringe, esmagamento da epiglote sobre a faringe.
2. Nas vias aéreas inferiores: redução da depuração mucociliar ao nível do segmento limitante onde há risco de ruptura alveolar.
3. Parede torácica: Tórax: risco de fraturas na presença de osteoporose. Abdômen: hérnia, prolapso vaginal, incontinência urinária, hematoma da parede abdominal.
4. Circulação cerebral: por aumento da pressão do líquido cefalorraquidiano, risco de vertigens, vista turva.
5. Hemodinâmica sistêmica e pulmonar: picos hipertensivos.

Contraindicações

A tosse como técnica de drenagem está contraindicada:

1. Nas contusões torácicas, no caso de pneumotórax não drenado, de fraturas de costelas, mais particularmente do gradeado costal;
2. Nos traumatismos intracranianos;
3. Nos casos de ressecção ou sutura da traquéia;
4. Nas cirurgias de estenose pós-intubação;
5. Na presença de hérnia abdominal e de hiato grave.

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