Drenagem Linfática e pacientes vasculares




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A drenagem linfática é uma função fisiológica do organismo destinada a encaminhar a linfa pelo sistema linfático. A linfa é um líquido geralmente incolor e às vezes esbranquiçado, que transporta impurezas eliminadas pelas células e algumas substâncias, como as proteínas.

O sistema linfático é composto por estruturas que têm funções específicas.  Aquelas sobre as quais mais falamos são os vasos linfáticos, que é por onde circula a linfa e os gânglios. Quando a linfa chega até os gânglios, mais conhecidos como ínguas, é purificada e os agentes ou células "estranhas" presentes nela ficam aprisionados. Este é um mecanismo de defesa do organismo. Quando temos alguma inflamação, os gânglios mais próximos aumentam de tamanho e ficam doloridos, é o momento em que estão trabalhando intensamente para combater o agente estranho. Os gânglios estão localizados principalmente atrás dos joelhos, na virilha, abdômen, tórax, cotovelos, axilas e pescoço, e alguns deles podem ser facilmente apalpados.

As doenças linfáticas podem ter três graus:

Grau 0: Pessoas que não têm linfedema (inchaço), porém têm problemas no sistema linfático;

Grau l: Pessoas que têm linfedema (inchaço) que desaparecem apenas com o repouso noturno;

Grau 2: Pessoas que têm linfedema (inchaço) que não diminuem com o repouso, mas que podem ser eliminados com drenagem linfática manual e procedimentos médicos.

Grau 3: Estágio mais grave da doença, que se manifesta por inchaços que não melhoram com o tratamento clínico.

A linfa é formada pelo desequilíbrio que há entre a absorção de nutrientes pelas células e a reabsorção do líquido que contém produtos da degradação celular (as impurezas). Quando ocorre um desequilíbrio dessa filtragem, há um acumulo de líquido entre as células, que chamamos de edema ou inchaço. O inchaço pode ter várias causas, por isso é fundamental a avaliação  para que seja feito o diagnóstico e o tratamento adequado. A diminuição do edema torna-se fator primordial visto que acarreta implicações para a saúde funcional do paciente , pois limita os movimentos do membro.

Além disso, o excesso de líquido pode até distender ou lacerar as pequenas estruturas na área edemaciada, dando início a uma resposta inflamatória e agravando a situação.

A drenagem linfática manual pode ser parte importante deste tratamento. Ela é um método fisioterapêutico altamente especializado e capaz de retirar o excesso de líquido e toxinas do corpo. Ao realizar a drenagem linfática, o excesso de fluido acumulado nos espaços intersticiais é redirecionado e drenado, de forma a manter os equilíbrios das pressões tissulares e hidrostáticas através da pressão externa a ser exercida pela massagem manual no sentido do fluxo da circulação linfática e venosa.

O método foi desenvolvido e aperfeiçoado por pesquisadores que determinaram manobras específicas como movimentos efetuados com ritmo lento, pressão suave, direção sempre em sentido ao grupo ganglionar mais próximo e velocidade lenta. A DLM é indicada para tratamento pré e pós operatório, insuficiência  venosa, linfedemas, cansaço nas pernas, pós traumatismos, edemas no período gestacional e pré-menstrual e no tratamento para a celulite. Proporciona benefícios como a diminuição de edemas, porque ativa a circulação; aumenta o grau de hidratação/nutrição da célula; a cicatrização de ferimentos é mais rápida; favorece a regeneração dos tecidos, impedindo a formação de quelóides; aumenta a capacidade de absorção de hematomas e equimoses; acelera o retorno da sensibilidade após as cirurgias e proporciona relaxamento.

No tratamento pós-operatório, a DLM é recomendada desde os primeiros dias. Quanto mais rápido iniciar, mais rápida será a recuperação do paciente.



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