A síndrome fêmoro-patelar e a fisioterapia




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A síndrome fêmoro-patelar é uma disfunção que envolve a articulação entre o fémur e a rótula, é caracterizada por dor entre os dois ossos, em particular, na zona lateral. É devido a inflamação e redução da cartilagem articular entre os dois ossos que aqui é particularmente volumosa, com uma espessura de cerca de 5/6 mm.

É muito importante que seja feita uma avaliação que encontrem quais os motivos da sobrecarga na articulação do joelho. E além de aumentar a força e flexibilidade do membro inferior, reeduque a postura e o movimento, a fim de que todas as articulações trabalhem em harmonia.

O tratamento fisioterapêutico para síndrome de disfunção femoropatelar é basicamente conservador e tem como objetivo promover por meio de exercícios o equilíbrio entre as porções do músculo quadríceps, especialmente os estabilizadores patelares mediais Vasto Medial Oblíquo e laterais Vasto Lateral Oblíquo e Vasto Lateral Longo, uma vez que a fraqueza deste grupo muscular é responsável pela lateralização da patela.

Mc Connell (1986) apud Bolgla(2005) relata uma grande melhora na eficácia do tratamento realizado com o taping patelar, em que utiliza a bandagem mais medial, com intuito de diminuir as forças de compressão, pelo excesso de lateralização, obtendo uma grande melhora em pacientes com essa síndrome.

Roush et. al. (2000) apud Bolgla (2005) relata que exercícios isométricos aplicados em cadeia cinética aberta especificamente exercícios de quadríceps com o membro inferior nem extensão, faz com que a ocorra a ativação do quadríceps sem tencionar a articulação patelofemoral. Portanto, o tratamento de SDFP com exercícios isométricos de fortalecimento de quadríceps e exercícios com o membro inferior em extensão mostrou-se eficazes para o tratamento da SDFP.

Segundo Witvrouw et. al.(2000) apud Bolgla(2005), que realizou um comparativo entre cadeia cinética aberta e cadeia cinética fechada relatou que ambos os tratamentos tiveram uma melhoria funcional quantitativa e diminuição da dor, portanto as duas se tornam eficazes pra o tratamento de SDFP. Porém Steinkamp et. al. (1993) apud Bolgla (2005), salienta que exercicios realizados em cadeia cinética fechada, se tornam mais eficazes que exercicios de cadeia cinética aberta, pois acabam minimizando as forças de reação femoropatelar, consequentemente diminuindo o estresse sobre a articulação.

A síndrome de disfunção femoropatelar ainda é de etiologia desconhecida, porém alguns estudos indicam que pode ter origem multifatorial, a hipótese mais freqüentemente aceita como o precursor primário de patologia da articulação Femoropatelar é o mau-alinhamento patelar. Tendo ainda outros fatores que podem influenciar na sintomatologia como o mau-alinhamento do Membro Inferior, o desequilíbrio da musculatura extensora, a insuficiência do músculo vasto medial oblíquo, a fraqueza dos músculos do quadril, a atividade excessiva, a diferença entre o início da contração muscular entre vasto medial oblíquo e vasto lateral e a incongruência entre a patela e o sulco troclear femoral como fatores contribuintes para a origem da dor anterior no joelho.

No tratamento de fisioterapia é necessário realinhar o movimento da patela durante a contração do quadríceps, para diminuir a sobrecarga articular. Também é importante que a pessoa recupere a força e flexibilidade exigidas para suas atividades

Referências:

AMINAKA, N., GRIBBLE, PA. A Systematic Review of the Effects of Therapeutic Taping on Patellofemoral Pain Syndrome. Journal of Athletic Training.2005;40(4):341–351.

GRAMANI, SK. et. al. Efeito da rotação do quadril na síndrome da dor femoropatelar. Revista Brasileira de Fisioterapia. vol.10 no.1 São Carlos  2006.


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