Saiba mais sobre a posição prono no desenvolvimento infantil






Nessa postura acontece a aquisição do 1º componente de movimento contra a gravidade, isto é, o desenvolvimento da força de extensão e controle do pescoço, tronco e quadris. Enquanto as atividades de extensão e a força aumentam, os flexores antagônicos são alongados através da inervação recíproca, se preparando para a ativação.  Os ligamentos anteriores nas articulações da coluna, quadris e extremidades são alongados e ganham mobilidade na extensão.

Recém-nascido
      
Por conta da posição fetal, apresenta-se em uma posição fletida e com uma hipertonia fisiológica durante o primeiro mês de vida. A Contratura de flexão nos quadris e cifose da coluna lombar e torácica fazem com que a face e a cabeça do recém-nascido sirvam como ponto de estabilidade (fig 2).


Um mês
       
A ação da gravidade estimula o desenvolvimento da extensão ativa contra a gravidade com rotação de pescoço ativando a musculatura do pescoço. Levantar a cabeça em prono proporciona o alongamento dos músculos anteriores do pescoço e contração dos posteriores.

Dois meses

Nessa fase o bebê é muito assimétrico e está presente o RTCA. Aos 2 meses, quando a extensão é forte, a criança tenta  usar ativamente a extensão torácica em prono para ajudar a elevar a cabeça usando a adução escapular através do trapézio (fibras medias) e rombóides.  Há alongamento do peitoral. A Abdução na horizontal do úmero fornece ampla base de suporte para a criança se estabilizar, elevar a cabeça e girar.

A abdução dos quadris ajuda a descer a pelve em direção à superfície de apoio. Isso facilita a mudança do ponto de estabilidade da face para a parte superior do peito e antebraços, que assim encoraja o levantamento transitório da cabeça.

Três meses

Durante o terceiro mês ocorre a transição do período mais assimétrico para a simetria  no desenvolvimento da criança. A extensão antigravitária simétrica do pescoço e tronco é também adquirida no tórax e aparece na área inferior das coluna. Isso acontece quando o ponto de estabilidade dinâmica para a elevação da cabeça (fig 3)e o chutar das pernas é dado pelas costelas inferiores. O controle de extensão simétrica é essencial para a elevação da cabeça em linha média.

O chutar ativo das pernas leva a ativação dos glúteos máximos,  reduzindo  a contratura do iliopsoas,  da porção   anterior  da cápsula do quadril. Forças de compressão são aplicadas ao colo e à cabeça do fêmur para diminuir coxa valga e para aumentar a profundidade do acetábulo se inicia.

Quatro meses

A caixa torácica e a clavícula começam a se mover para baixo (estabilidade), permitindo  musculatura do pescoço ficar ativa. A escápula se move ao redor da caixa torácica e o úmero se move para frente com flexão umeral, adução e rotação neutra. O antebraço inicia do suporte e transferência de peso = Puppy curto (fig4). O ponto de estabilidade é na barriga e fêmur.

Cinco meses

A criança realiza apoio das mãos com os cotovelos estendidos (Puppy longo, fig 5). O ponto de estabilidade e suporte do peso para a função da cabeça, mãos e movimento intencional das pernas chega na pélvis. Ocorre aumento da lordose lombar e anteroversão pélvica. A posição do sapo dá lugar à extensão de quadris, joelhos e tornozelos com adução dos quadris no lado sobrecarregado da pélvis e tronco.

Seis meses

A criança usa o arrastar de barriga para se locomover.

Sete meses

O bebê consegue a posição mãos e joelhos (quatro apoios) com todas as extremidades abduzidas e alinhadas simetricamente. Balançar, para frente e para trás nessa posição, ativa a musculatura estabilizadora ao redor do quadril e aplica força compressiva na cabeça e colo do fêmur e no acetábulo.



Dicas do mês para estudantes e profissionais de Fisioterapia


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