Síndrome da dor fêmuro-patelar







A articulação femoropatelar é uma articulação instável que pode sofrer subluxações ou luxações que provocam frequentes dores no joelho e sobretudo na patela.

A síndrome fêmoro-patelar (SFP) é caracterizada por dor peri ou retropatelar, acomete atletas e não atletas e representa um problema comum no joelho de adolescentes e adultos jovens fisicamente ativos.

A síndrome de disfunção femoropatelar ainda é de etiologia desconhecida, porém alguns estudos indicam que pode ter origem multifatorial, a hipótese mais frequentemente aceita como o precursor primário de patologia da articulação Femoropatelar é o mau-alinhamento patelar.

Tendo ainda outros fatores que podem influenciar na sintomatologia como o mau alinhamento do Membro Inferior, o desequilíbrio da musculatura extensora, a insuficiência do músculo vasto medial oblíquo, a fraqueza dos músculos do quadril, a atividade excessiva, a diferença entre o início da contração muscular entre vasto medial oblíquo e vasto lateral e a incongruência entre a patela e o sulco troclear femoral como fatores contribuintes para a origem da dor anterior no joelho

As causas da síndrome femoropatelar são:

Causas agudas

A queda sobre o joelho com um trauma indireto da face posterior da patela.
Luxação da patela durante um movimento forçado do joelho.
Mais raramente, entorse do joelho por torção e luxação associada à patela.

Causas crônicas ou biomecânicas
  • Instabilidade da patela com tendências à subluxação
  • Postura errada ou alinhamento incorreto da patela,
  • Falta de flexibilidade dos músculos por alongamentos deficientes,
  • Estática plantar errada,
  • Alinhamento incorreto dos membros inferiores, tipo valgo, varo ou recurvato
  • Patela alta
  • Falta de tônus muscular e uma relação ruim de tônus entre a face anterior e a face posterior da perna (quadríceps/isquiotibiais).

O tratamento fisioterápico para síndrome de disfunção femoropatelar é basicamente conservador e tem como objetivo promover por meio de exercícios o equilíbrio entre as porções do músculo quadríceps, especialmente os estabilizadores patelares mediais Vasto Medial Oblíquo e laterais Vasto Lateral Oblíquo e Vasto Lateral Longo, uma vez que a fraqueza deste grupo muscular é responsável pela lateralização da patela, no entanto existem outras condutas de tratamento que mostram eficácia na diminuição da sintomatologia e na melhora da funcionalidade dos movimentos realizados, que serão elencados no decorrer deste trabalho.

O início da SDFP pode ser indício de uma fisiopatologia complexa, que pode incluir sinovite peripatelar, aumento da pressão intra-óssea e remodelamento ósseos. Diferentes formas de tratamento conservador estão sendo oferecidas atualmente, no entanto, são necessários estudos mais aprofundados que comprovem os métodos de tratamento mais eficazes para a Síndrome da Dor Femoropatelar, e qual a melhor maneira de utilização dos mesmos.

A reabilitação tem como objetivo restaurar a coordenação normal da atividade muscular, especialmente durante movimentos funcionais, usando fortalecimento dos estabilizadores dinâmicos da articulação femoropatelar, com ênfase no vasto medial oblíquo, alongamento dos músculos encurtados, controle motor, uso de modalidades terapêuticas e uso de antiinflamatórios. Estas intervenções podem ser associadas com um resultado clínico positivo incluindo a redução da dor, melhora da função e diminuindo a recorrência da dor. Uma vez que o tratamento conservador é sempre enfatizado como a primeira linha de ação em prol da reabilitação dos indivíduos acometidos por esta síndrome, é importante ao Fisioterapeuta ter pleno conhecimento quanto a biomecânica e as formas de tratamento da SFP utilizadas.

Alguns exemplos de exercícios para essa musculatura são:

• Elevação da perna para cima (com leve extensão de quadril).
• Elevação do joelho mantendo os pés juntos.
• Rotação do pé para dentro com elástico, mantendo a coxa parada.
• Agachamento com força para abrir os joelhos, usando elástico.


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