Dor pélvica crônica na mulher e Tratamento







É uma sensação de intensidade leve, moderada ou forte que na maioria das vezes é semelhante à cólica.

Pode ser causada por diversas condições e, quando crônica, compromete as atividades diárias, prejudica relações sexuais e causa distúrbios como ansiedade e depressão

Causas de dor pélvica crônica na mulher

Sistema urinário

Cistite intersticial

Essa doença é caracterizada pela irritação ou inflamação da parede da bexiga. Ela pode causar lesões, deixar o revestimento do órgão mais grosso e reduzir a capacidade de reter urina.

Com isso, a paciente sofre com o aumento da frequência urinária e sente dores que amenizam após cada micção.

Síndrome uretral

A uretrite - outro nome dado à condição - é a inflamação da uretra, canal que transporta a urina para fora do corpo.

Ela não causa lesões, mas gera sintomas semelhantes aos da cistite, como micção frequente e dor.

Digestivo

Síndrome do intestino irritável

Apesar de as causas da síndrome do intestino irritável ainda não serem esclarecidas, sabe-se que ela é uma desordem que causa dor desconforto no abdômen e alteração do hábito intestinal, como constipação ou diarreia.

Ela pode ser desencadeada por estresse ou hábitos alimentares, sendo que mudanças nesses aspectos costumam amenizar o incômodo.

Sistema reprodutor

Aderência

Aderências pélvicas são tecidos cicatriciais que se formam entre órgãos ou entre eles e a parede do abdômen. Geralmente são resultado de traumas ou inflamações, como cirurgias e endometriose.

Uma parte das aderências pode ser assintomática, já outra causa dor, obstrução intestinal e até mesmo infertilidade.

Endometriose

Essa é uma das causas mais populares de dor pélvica. A endometriose é uma doença crônica em que o endométrio - revestimento do útero que visa abrigar um possível feto - se instala em outras partes do corpo ao invés de descamar mensalmente e ser expelido pela menstruação.

O acometimento se manifesta por cólicas que pioram no período menstrual, dor abdominal, alterações intestinais, incômodos durante o sexo e, em casos mais avançados, dificuldade em engravidar.

Doença inflamatória pélvica

É a infecção dos órgãos reprodutores femininos como útero, ovários e tubas uterinas.

Costuma ocorrer em portadoras de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e se manifesta por incômodo no baixo ventre, sangramento, dor na relação sexual e infertilidade.

Síndrome da congestão pélvica

Essa condição leva a varizes na região da pelve e do abdômen que geram dor, especialmente ao ficar de pé ou ter relações sexuais.

Vulvodínia

Vulvodínia é uma síndrome de dor crônica que atinge a vulva, ou seja, a parte externa da região genital. Causa queimação, coceira e dor que pode piorar na relação sexual.

Muscular e nervoso

Síndrome dolorosa miofascial

Trata-se de uma dor que surge pela presença de pontos gatilhos, ou seja, nódulos ou contrações exageradas de um músculo que quando estimulados causam dor em uma área distante.

Por vezes, o incômodo pode atingir áreas da pelve como os músculos do assoalho pélvico e piorar na penetração.

Neuropatia

Gestação, obesidade ou cirurgias podem lesionar os nervos pélvicos e causar neuropatia, que é um conjunto de alterações que inclui dor e fraqueza.

Violência contra a mulher é uma das causas

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a violência contra a mulher pode gerar dores crônicas, e muitas delas são pélvicas.

A violência verbal, física ou psicológica pode gerar dores pélvicas e fibromialgia. Contudo, não é uma regra, já que nem toda vítima de trauma tem dor e nem todo paciente com dor foi violentado.

Nestes casos, é indicado relatar os acontecimentos ao profissional de saúde e fazer tratamento psicológico juntamente com o indicado para aliviar os incômodos físicos.

Tratamento
O tratamento interdisciplinar deve incluir terapia medicamentosa, psicoterapia, técnicas de relaxamento, acupuntura, terapia manual, massagem, aconselhamento sexual e conjugal e Fisioterapia Pélvica especializada. 
A Fisioterapia pode através de várias técnicas e recursos específicos, controlar os sintomas, reduzir o uso de analgésicos, prevenir a deterioração das condições físicas e psíquicas e resgatar a integração social e profissional. As mulheres com DPC apresentam comumente desequilíbrio e falta de coordenação do assoalho pélvico, com comprometimento das funções Miccionais, Fecais e Sexuais.
A Fisioterapia pélvica tem como objetivo, aliviar a dor, manter ou ganhar amplitude de movimento, corrigir deformidades posturais, aumentar resistência e força muscular, diminuir espasmos e contraturas musculares e recuperar a funcionalidade do assoalho pélvico.
Os recursos mais utilizados são exercícios pélvicos e perineais, terapia manual, reeducação postural, eletroterapia (uso da corrente elétrica para obter analgesia e estimulação neuromuscular) calor profundo (ultrassom), uso de dilatadores vaginal e anal, equipamento de Biofeedback. A eletroterapia promove analgesia e ativação das fibras musculares hipotônicas ou atróficas, enquanto que a utilização do equipamento de Biofeedback é um excelente facilitador para o treinamento dos músculos do assoalho pélvico uma vez que fornece informações (visual e/ou auditiva) durante a realização do exercício.
Estas intervenções físicas proporcionam alívio da dor, sem nenhum efeito colateral e reduzem a necessidade de uso de medicações



Dicas do mês para estudantes e profissionais de Fisioterapia


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