Fisioterapia na Doença Venosa Crônica







A doença venosa crônica (DVC) é causada pelo funcionamento ruim de algumas válvulas, associado ou não à obstrução do fluxo venoso, podendo alterar o sistema venoso superficial e também o profundo. A DVC tem como condição de base a hipertensão venosa.

Pacientes com a insuficiência venosa crônica podem sentir dor, sensação de peso ou cansaço em membros inferiores, câimbras e até coceira. Os sinais mais comuns variam com o grau de gravidade da doença, podendo ir desde pequenas veias, chamadas de telangiectasias, até edemas ou mesmo hiperpigmentação e ulceração de pele.

Estas alterações surgem por causa de refluxos ou obstruções no sistema venoso, mas a origem exata do problema ainda é estudada pela Medicina. As causas mais comuns são a trombose venosa profunda e as varizes de membros inferiores, porém causas mais raras, como má formação congênita, também podem causar a doença.

A fisioterapia vascular pode auxiliar a prevenir o agravamento das lesões secundárias às disfunções venosas; promover a saúde dos membros afetados; facilitar o tratamento desta alteração vascular e melhorar o funcionamento e condicionamento circulatórios, evitando, assim, a perda funcional do indivíduo e minimizando as consequências clínicas da DVC.

O programa terapêutico da fisioterapia vascular para a DVC, conhecido como cinesioterapia vascular, deve constituir-se de três fases: aquecimento, treinamento e relaxamento. A primeira fase (aquecimento) tem como objetivos aumentar o fluxo sanguíneo muscular, o consumo de oxigênio basal e proporcionar efeitos psicológicos que se manifestam principalmente como sensação de preparação.

A fase de treinamento pode ser realizada através de exercícios resistidos, proporcionando melhora na ejeção do volume venoso e no aumento da resistência muscular da panturrilha, como também consequente aumento no desempenho das atividades da vida diária (AVDs). Podem ainda ser realizados exercícios aeróbicos para produzir um maior aproveitamento da panturrilha, facilitando retorno venoso e promovendo melhor mobilização das articulações metatarsofalangeanas e talocrural.

Para finalizar o programa, torna-se necessário o relaxamento, para uma desaceleração gradual na intensidade do exercício, resultando em diminuição dos estímulos nervosos simpáticos e aumento dos parassimpáticos, ocorrendo vasoconstricção periférica, em que se pode utilizar a Drenagem Linfática Manual (DLM).

A aplicação da fisioterapia vascular através dos exercícios terapêuticos e da drenagem linfática manual (DLM) na Doença Venosa Crônica (DVC) contribui para a minimização das alterações vasculares, com melhora do retorno venoso, diminuindo a estase sanguínea e contribuindo para a melhora do quadro clínico.



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