Saiba mais sobre a Síndrome de Colisão do Ombro




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A Síndrome de Colisão do Ombro é a compressão dos tendões do músculo redondo menor e da bursa subacromial entre a cabeça do úmero e estruturas que constituem o arco coracoacromial e as tuberosidades umerais. Essa condição está associada com a bursite subacromial e a inflamação do tendão do músculo redondo menor (em maior parte o supraespinado) e do bíceps, com ou sem mudanças degenerativas no tendão. A dor que é mais grave quando o braço está aduzido em um arco entre 40 e 120 graus, algumas vezes associada com lacerações no músculo redondo menor, é o sintoma principal.

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Existem dois tipos de colisão (impingement): a primária e a secundária. A primária refere-se ao impacto mecânico causado por anormalidades anatomicas no espaço acromial, tais como proeminência anterior do acromio, osteófitos a volta da região do acrómio, e anormalidades na articulação acrómio-clavicular como a hipertrofia da cápsula.

A colisão secundária refere-se ao estreitamento do espaço subacromial que se verifica em algumas situações, tais como na instabilidade da gleno-umeral e em anormalidades funcionais músculo-tendínosas. Nessas situações ocorre uma translação superior da cabeça do úmero que leva à redução do espaço subacromial

Neer (1) descreveu três graus de gravidade de acordo com critérios clínicos e fisiopatológicos: o grau I, grau II e o grau III. O grau I é caracterizado pela presença de edema, inflamação e hemorragia na bursa subacromial e na coifa dos rotadores. Esse grau é encontrado mais frequentemente em pacientes jovens com menos de 25 anos de idade e em desportistas, devido ao uso repetitivo e excessivo do ombro em actividades acima da cabeça. Esse grau é reversível e não necessita de tratamento cirúrgico. No grau II, verifica-se alterações irreversíveis tais como fibrose e tendinopatia da coifa dos rotadores, acometendo tipicamente pacientes entre os 25 e os 40 anos de idade. O tratamento conservador neste grau nem sempre é eficaz (1).

O grau III é marcado por mudanças crónicas tais como ruptura parcial ou completa da coifa dos rotadores, por vezes acompanhado de ruptura do bicípite e alterações morfológicas ósseas. Essas alterações podem surgir ao nível do acrómio, da apófise coracóide e da cabeça do úmero. Esse grau é mais frequente em indivíduos com idades superiores aos 40 anos de idade e é necessário, na grande maioria dos casos, tratamento cirúrgico para resolver o problema.

Das várias técnicas que a fisioterapia dispõe nesta patologia, é de salientar a terapia manual e os exercícios terapêuticos.  De acordo com a Federação Internacional de Terapias Manipulativas Ortopédicas, a terapia manual é uma especialização da fisioterapia que trata de forma conservadora e compreensiva a redução da dor e disfunções neuro-músculo-articulares na coluna e extremidades (40). A terapia manual inclui procedimentos, tais como manipulações, massagem, tracção manual e mobilização articular. Os exercícios terapêuticos combinados com a terapia manual incluem exercícios activos (para aumentar a força ou a amplitude de movimento), exercícios posturais, alongamentos, exercícios de relaxamento e exercícios funcionais

Além da terapia manual e dos exercícios terapêuticos no tratamento dessa patologia, o fisioterapeuta tem ao ser dispor agentes físicos.

Referencia Bibliografica:

1. Neer CS. Impingement lesions. Clin Orthop Relat Res. 1983;(173):70-7


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