Saiba mais sobre a Sindrome da Perna Inquieta




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Semana passada tive um paciente na clínica que chegou com o diagnostico de Síndrome das Pernas Inquietas, além de uma dor na panturrilha que incomodava demais..

A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) se manifesta principalmente pela vontade irresistível ou necessidade imperiosa de movimentar os membros inferiores para aliviar sensações inespecíficas descritas como "formigamento" "queimação" ou " incômodo" nas pernas, ocorrendo geralmente antes de iniciar o sono. Ela se caracteriza, então, por alterações da sensibilidade e agitação motora involuntária dos membros inferiores, mas que pode acometer também os braços nos casos mais graves.

Os principais sintomas são: sensação de desconforto e necessidade premente de mover as pernas, dor, formigamento, arrepios, pontadas. A intensidade pode variar de leve a grave e diminui com o movimento.

As causas da síndrome das pernas inquietas podem ser as mais variadas, mas algumas delas devem ser levadas em consideração:

• Hereditariedade: quando há casos na família é possível que o indivíduo tenha predisposição para apresentar o mesmo quadro;

• Tabagismo: os fumantes podem apresentar esse quadro com mais facilidade;

• Idosos: alguns idosos podem manifestar a síndrome das pernas inquietas, além de algumas doenças que são "comuns" nessa faixa de idade, a síndrome pode surgir nessa idade, por isso, é importante que o cuidador esteja atento às noites de sono desse idoso;

• Cafeína: o consumo excessivo de cafeína pode trazer o quadro ao paciente;

• Estresse: o estresse e ansiedade podem ser motivos das causas da síndrome das pernas inquietas, o alto índice de estresse é fator decisivo;

• Obesidade: atrapalha a circulação, aumento de glicemia e gordura no sangue, esses fatores decorrentes da obesidade podem desencadear a síndrome das pernas inquietas;

• Álcool: assim como o tabaco, o uso de bebidas alcoólicas pode ser prejudicial à saúde e trazer o quadro da síndrome das pernas inquietas também;

Quanto à periodicidade e intensidade, a SPI pode ser classificada em :
  1. Intermitente: ocorre esporadicamente e seus sintomas não prejudicam a qualidade do sono;
  2. persistente leve: ocorre semanalmente, com interrupção rápida do início do sono e pouco ou nenhum prejuízo a qualidade do sono;
  3. persistente moderada: ocorre uma duas vezes por semana e há um considerável prejuízo ao sono, com sintomas diários;
  4. persistente grave:ocorre mais de duas vezes por semana, com interrupção grave do sono e deterioração do funcionamento das atividades diárias.

O tratamento é a através de medicação especifica, os agonistas dopaminérgicos. Já a parte "conservadora" do  tratamento envolve medidas como prática de exercícios físicos aeróbios, tratamento de possíveis deficiências de ferro ou vitamínicas, controle das doenças associadas como diabetes, neuropatias e outras, evitar produtos como café, chá preto, chá mate e chocolate.
A fisioterapia vai ajudar na melhora da circulação já que os exercícios proporcionam numerosas vantagens associadas: efeitos vasculares, metabólicos e músculo-esquelético.


Dicas do mês para estudantes e profissionais de Fisioterapia


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