Saiba mais sobre a Sindrome da Perna Inquieta
A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) se manifesta principalmente pela vontade irresistível ou necessidade imperiosa de movimentar os membros inferiores para aliviar sensações inespecíficas descritas como "formigamento" "queimação" ou " incômodo" nas pernas, ocorrendo geralmente antes de iniciar o sono. Ela se caracteriza, então, por alterações da sensibilidade e agitação motora involuntária dos membros inferiores, mas que pode acometer também os braços nos casos mais graves.
Os principais sintomas são: sensação de desconforto e necessidade premente de mover as pernas, dor, formigamento, arrepios, pontadas. A intensidade pode variar de leve a grave e diminui com o movimento.
As causas da síndrome das pernas inquietas podem ser as mais variadas, mas algumas delas devem ser levadas em consideração:
• Hereditariedade: quando há casos na família é possível que o indivíduo tenha predisposição para apresentar o mesmo quadro;
• Tabagismo: os fumantes podem apresentar esse quadro com mais facilidade;
• Idosos: alguns idosos podem manifestar a síndrome das pernas inquietas, além de algumas doenças que são "comuns" nessa faixa de idade, a síndrome pode surgir nessa idade, por isso, é importante que o cuidador esteja atento às noites de sono desse idoso;
• Cafeína: o consumo excessivo de cafeína pode trazer o quadro ao paciente;
• Estresse: o estresse e ansiedade podem ser motivos das causas da síndrome das pernas inquietas, o alto índice de estresse é fator decisivo;
• Obesidade: atrapalha a circulação, aumento de glicemia e gordura no sangue, esses fatores decorrentes da obesidade podem desencadear a síndrome das pernas inquietas;
• Álcool: assim como o tabaco, o uso de bebidas alcoólicas pode ser prejudicial à saúde e trazer o quadro da síndrome das pernas inquietas também;
Quanto à periodicidade e intensidade, a SPI pode ser classificada em :
- Intermitente: ocorre esporadicamente e seus sintomas não prejudicam a qualidade do sono;
- persistente leve: ocorre semanalmente, com interrupção rápida do início do sono e pouco ou nenhum prejuízo a qualidade do sono;
- persistente moderada: ocorre uma duas vezes por semana e há um considerável prejuízo ao sono, com sintomas diários;
- persistente grave:ocorre mais de duas vezes por semana, com interrupção grave do sono e deterioração do funcionamento das atividades diárias.
O tratamento é a através de medicação especifica, os agonistas dopaminérgicos. Já a parte "conservadora" do tratamento envolve medidas como prática de exercícios físicos aeróbios, tratamento de possíveis deficiências de ferro ou vitamínicas, controle das doenças associadas como diabetes, neuropatias e outras, evitar produtos como café, chá preto, chá mate e chocolate.