Exercícios de Fisioterapia para Alzheimer







A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa caracterizada pela deterioração da memória e de outras funções cognitivas, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e múltiplas alterações psicológicas e comportamentais que mais comprometem a qualidade de vida dos idosos

Benefícios da fisioterapia no Alzheimer

O tratamento de fisioterapia para idosos com Alzheimer tem como objetivos:

  • Ajudar o indivíduo a movimentar-se mais livremente, mantendo alguma autonomia e mobilidade para se mexer na cama, sentar ou andar, por exemplo;
  • Evitar que os músculos fiquem presos e atrofiados, que trazem dores e dificultam tarefas como a higiene diária;
  • Permitir a boa amplitude das articulações, para realizar as tarefas do dia-a-dia;
  • Evitar quedas que podem levar à fraturas ósseas, que podem necessitar de tratamento cirúrgico;
  • Evitar dor nos músculos, ossos e tendões, que causam desconforto e mal-estar.
A abordagem da fisioterapia na  doença de Alzheimer é direcionada de acordo com os comprometimentos, principalmente motores, apresentados pelos idosos no decorrer da doença. A independência do idoso nas suas atividades de vida diária (AVDs), ou o mais próximo disso, é sempre o foco do fisioterapeuta, a partir de condições características da doença de Alzheimer e do próprio envelhecimento que podem levar ao prejuízo dessa independência, como a fraqueza muscular, o déficit de equilíbrio, de coordenação e a imobilidade, por exemplo.

Uma ferramenta importante utilizada pela fisioterapia é o exercício de dupla tarefa (DT), já que o desempenho de tarefas realizadas concomitantemente em pacientes com DA é comprovadamente pior do que nos idosos sem DN. Uma explicação para esse comportamento seria que com as alterações das regiões frontais na DA, esses indivíduos apresentam mais dificuldades em realizar atividades que exigem atenção seletiva, principalmente durante a marcha

Desta forma, a fisioterapia permite que o indivíduo mantenha alguma autonomia, conseguindo realizar suas tarefas do dia-a-dia sozinho ou com o mínimo de ajuda possível. Além disso, a capacidade de se mexer e mobilizar sozinho ajuda a retardar problemas comuns na doença, como prisão de ventre, desenvolvimento de infecções respiratórias ou escaras.

Exercícios para Alzheimer inicial 

De forma geral, quando a pessoa descobre que está com Alzheimer deve realizar exercícios aeróbico, de força, equilíbrio e coordenação, por isso os casos mais recentes de Alzheimer, podem beneficiar-se de exercícios em grupo, com pesos e bolas, caminhada, corrida, natação, hidroginástica e Pilates.

Outros exercícios também indicados são caminhada progressiva, mantendo conversa, e andar de bicicleta por no mínimo 30 minutos diários, porque este tipo de atividade melhora a função motora e respiratória, ainda proporciona ganhos cognitivos, melhorando a memória reduzindo a atrofia do hipocampo cerebral, sendo portanto um ótimo complemento para o tratamento e assim diminuir a progressão do Alzheimer. Exercícios de fortalecimento muscular, como a musculação também são bem-vindos.

Exercícios para Alzheimer intermédio 

Os exercícios que podem ser realizados em casa devem ser de fácil compreensão, para que o paciente consiga compreender e, devem ser semelhantes às atividades do dia-a-dia, de forma a aumentar ao mesmo tempo a atividade intelectual e motora. Estes devem ser realizados em breves períodos de tempo, várias vezes ao dia, para evitar a exaustão. Alguns exemplos são: 

  1. Andar pelo quintal ou dançar;
  2. Colocar uma bola de plástico em cima da cabeça e tentar equilibrar-se;
  3. Treinar o escovar o dentes e pentear o seu próprio cabelo e do cuidador;
  4. Apertar os botões da blusa;
  5. Ficar num pé só;
  6. Andar de lado e também em forma de circuito;
  7. Elevação de braços usando pesinhos de 2-3 kg;
  8. Agachamentos encostado na parede; 
  9. Caminhar colocando um pé à frente do outro; 
  10. Rebolar usando um bambolê;
  11. Prancha abdominal com apoio dos joelhos no chão;
  12. Ponte abdominal. 

Os exercícios podem ser realizados pelo fisioterapeuta e pelo cuidador, e podem ser modificados, de acordo com a necessidade e para haver uma maior variação do treino, o que aumenta o interesse pela atividade. 

Exercícios para Alzheimer avançado

No Alzheimer avançado a pessoa pode encontrar-se acamada ou com dificuldade em equilibrar-se mesmo sentado. Nesse caso deve-se fazer fisioterapia todos os dias com um fisioterapeuta, para evitar que o doente perca massa muscular e fique com os músculos e articulações atrofiados, que trazem dor e desconforto, e ainda dificultam a própria higiene. 

O fisioterapeuta deve indicar exercícios simples de fortalecimento e alongamento, pedindo sempre que possível colaboração do paciente. Outras técnicas como mobilização, e uso de recursos como TENS, ultrassom, infravermelho e outros recursos termo terapêuticos também podem ser usados.

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