Atuação da corrente alternada de baixa e média intensidade na musculatura lisa e estriada




ATUAÇÃO SOBRE A FIBRA MUSCULAR ESTRIADA

A fibra muscular tem a capacidade de responder mecanicamente quando provocamos trocas elétricas em seu ambiente fisiológico.

A corrente interferencial é formada por impulsos sinusoidais de dupla amplitude o que faz com que o membrana das fibras musculares altere seu nivel de polarização ocasionando as respostas motoras.

Os melhores impulsos para que ocorra a despolarização da membrana da fibra muscular são os de subida rápida, tipo quadrangular.

A resposta do músculo pode ser obtida através de um único impulso isolado ou com muitos repetidos formando um trem de impulsos.

Em situações em que a contração é exclusivamente forte, longa e com impulsos muito próximos entre si pode-se provocar fadiga muscular com tetanizações ou cãimbras não desejadas.

A faixa de frequência de 1 a 50 Hertz ou mais entra dentro daquelas que produzem contrações musculares.

Quando as frequências são baixas até 20 Hertz a contração é vibratória. A partir de 20 Hertz a contração vai se convertendo e é mantida para alcançar sua máxima intensidade.

Nas frequências até 10 Hertz podemos observar contrações seguidas de relaxamento tornando-se rítmicas e vibratórias e são bem aproveitadas para aliviar as contraturas.

Em faixas de frequência em tôrno de 40 Hertz a 50 Hertz a contração ocorre sem dar opção ao músculo para passar por momentos de relaxamento. Nesta frequência é importante observar o limite motor para impedir fadigas musculares, tetanias ou cãimbras deixando que o trabalho de estimulação seja desempenhado a nível sensitivo.

As frequências de melhor resposta contrátil da fibra estriada estão acima de 40 Hertz e dependem em parte do músculo trabalhado, se é lento ou rápido.

Nesta faixa de frequência entre 40 e 50 Hertz a ginástica isométrica realizada através do trabalho muscular consome energia em grande quantidade. Para poder realizar estas contrações os músculos retiram energia do tecido adiposo local e por esse motivo observamos aomesmo tempo uma tonificação muscular associada à redução da hipoderme.

Se colocamos os eletrodos longitudinalmente ao músculo obteremos maiores respostas.

A colocação dos eletrodos pode ser feita de duas formas :

  1. os quatro eletrodos de forma cruzada e interferir nos tecidos
  2. os quatro eletrodos nos mesmos locais, dois a dois sem cruzar em sentido longitudinal à massa muscular.


ATUAÇÃO SOBRE O MÚSCULO LISO

A resposta mecânica do músculo liso é muito mais lenta que a estriada sendo também sua forma de trabalho diferente.

A estrutura histofisiológica do músculo liso é distinta da encontrada no músculo estriado.

As fibras musculares encontram-se dispostas de forma longitudinal e entrelaçadas entre si no tecido muscular liso.

O músculo liso está presente em diferentes condutos e esfíncteres disposto de forma circular e transversa ao longo destes órgãos tubulares. Sua atua-ção produz ondas de contração que avançam através do conduto e que tem por objetivo facilitar a mobilização dos produtos circulantes no interior dos vasos sanguíneos e linfáticos, dos intestinos, etc.

A resposta motora da musculatura lisa necessita de muito pouca intensidade para surgir.

Na verdade, com a intenção de estimular as terminações nervosas superficiais ligada à musculatura estriada acabamos provocando por resposta reflexa a estimulação da musculatura lisa.

Na faixa de frequência entre 0 e 10 Hertz observam-se fortes contrações mantidas pelos vasos sanguíneos enquanto que os linfáticos são muito mais lentos e apresentam resposta tardia.

Esta faixa de frequência, praticamente, os mantém contraídos de forma constante devido à lentidão de repolarização da membrana celular o que não ocorre com a musculatura estriada.

Para que isso seja evitado é necessário que se faça opção por um trabalho de estimulação que tenha maiores períodos de relaxamento o que favorece o processo fisiológico do tecio muscular liso que demora mais tempo para responder à ação da corrente.

Entre as frequências de 0 a 50 Hertz podemos notar um melhor efeito antiedema uma vez que surgirão algumas consequências como :

  • contratura acentuada dos ductos linfáticos e sanguíneos com aumento da drenagem dos sistemas vasculares e movimentação dos líquidos
  • maior eliminação de toxinas presentes nos líquidos pela aceleração da drenagem linfática e sanguínea

FONTE



Dicas do mês para estudantes e profissionais de Fisioterapia


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