Previna-se das dores nos quadris






Dados divulgados pelo órgão denominado International Osteoporosis Foundation (Fundação Internacional de Osteoporose), que analisou 14 países de toda a América Latina, até o ano de 2050, revelou que o número de fraturas nos quadris, causadas pela osteoporose, deve aumentar 32%. O que já se estima é que atualmente ocorram mais de 121 mil fraturas nessa parte do corpo todos os anos no Brasil. As dores nos quadris são frequentes e podem ser até incapacitantes. Por isso, é muito importante um diagnóstico preciso para a causa dos incômodos sintomas e, assim, iniciar o tratamento correto.

Função de encaixe
Responsáveis por conectar as pernas ao tronco, essas articulações sustentam todo o corpo e são capazes de realizar uma grande amplitude de movimentos. Apesar de ser comum as pessoas usarem o termo "quadril, a forma correta de se referir a essa parte do corpo é quadris (esquerdo e direito). Isso porque cada um deles é formado pelo 'encaixe' da cabeça do fêmur, o osso da coxa, no acetábulo, cavidade da pelve (bacia), que conta também com a presença de muitos ligamentos, tendões, bursas, fáscias (tecidos que compõem os músculos) e toda musculatura ao seu redor.

Acredita-se que o maior fator de risco para a região relaciona-se à fraqueza do músculo do glúteo

Problemas mais frequentes
Quando sentir dores fortes nessa região, o indivíduo deve procurar um ortopedista para que seja realizado um exame detalhado em todo o corpo. O diagnóstico é feito por um exame clínico cuidadoso que avalia os movimentos das articulações, as dores que eles provocam e a qualidade da marcha. Após avaliação minuciosa, exames complementares são necessários, como raio X, tomografia computadorizada e ressonância magnética nuclear.

Confira quais são as doenças mais comuns:

BURSITE TROCANTÉRICA: bastante comum, é o resultado da inflamação da bolsa (bursa) que existe ao lado da parte superior e lateral do fêmur, e decorre do atrito de um tecido fibroso da coxa sobre o osso.

TENDINOPATIAS: é a inflamação dos tendões em torno do quadril. "Em geral, essas dores não são incapacitantes, mas limitam o paciente que sente dificuldades para as atividades diárias. Para tratar usam-se analgésicos, fisioterapia e repouso nas atividades físicas forçadas. Às vezes, infiltração de anestésicos e cortisona no local é útil", diz Ramalho.

OSTEONECROSE: ocorre quando o aporte sanguíneo para o fêmur é interrompido, o que provoca a morte de células ósseas, o colapso do osso, deformação e perda de movimentos.

DOR LOMBAR: muitos problemas de coluna podem causar dores na região do quadril, sendo que o mais comum são as hérnias de disco e a compressão do nervo isquiático (ciático).

RESSALTO NO QUADRIL: caracteriza-se por uma dor em queimação na região lateral (externa) da pelve. Acredita-se que o maior fator de risco para essa condição relaciona-se à fraqueza do músculo do glúteo. O tratamento fisioterapêutico envolve principalmente exercícios de alongamento e terapia manual focando o aumento da flexibilidade do músculo.

FRATURAS: mais comuns em pessoas idosas, geralmente ocorrem no colo do fêmur. Essas fraturas são mais frequentes em mulheres acima de 65 anos e ocorrem, normalmente, por queda, e estão relacionadas a altos índices de mortalidade. O tratamento é cirúrgico e dependerá do nível de desvio dos fragmentos ósseos. Em situações mais graves, há indicação para artroplastia total do quadril (reconstrução da região).


Como prevenir
Para evitar dores e doenças nessa região, os especialistas concordam: manter uma atividade física e praticar exercícios com regularidade é a melhor forma de preservar essa região (Veja quadro a seguir com os exercícios indicados). É importante lembrar que trabalhar toda essa musculatura com exercícios fortalece os músculos e evita lesões. O equilíbrio muscular vai proteger a articulação e contribuir para uma maior estabilidade e um melhor funcionamento. Tudo que é mais estável funciona melhor e, portando, gasta menos e se lesa menos.

Com os exercícios, a própria musculatura fica responsável por absorver parte do impacto da caminhada. A articulação fica mais estável, sobrecarregam-se menos os ligamentos e a cartilagem, poupando essa estrutura. Grande parte das lesões tratadas poderia ser evitada com a correta prevenção. Ela engloba desde a obtenção do equilíbrio muscular, a orientação sobre treinos, nutrição, vestuário e tênis, técnicas específicas, check-up, avaliação médica e exames e repouso adequado, por exemplo.

Para quem já sente muita dor, a fisioterapia é a estratégia mais indicada, pois fará que essa articulação ganhe força e mobilidade. Exercícios de fortalecimento dos músculos dos glúteos deveriam ser realizados, inicialmente, sem a descarga do peso corporal. Nessa fase, atividades aquáticas, como hidroginástica e natação, podem ser benéficas para o alívio da dor, manutenção da condição cardiorrespiratória e aumento da mobilidade do quadril.

COMECE AGORA!
Previna problemas fortalecendo a região ao realizar esses 5 exercícios simples. As atividades devem ser feitas em 3 séries de 12 repetições, com peso de 1 kg.
1. Eleve a perna em direção ao teto, com o joelho estendido e o pé apontado para o alto. Evite que a pelve se mova para trás.
2. De bruços, eleve a perna, mantendo o joelho em completa extensão, e os dedos do pé apontados para fora. O músculo recrutado nesse exercício é o glúteo máximo, principal extensor e rotador lateral do quadril.
3. De lado e com a fixação de uma faixa elástica ao redor dos joelhos, posicione os joelhos e quadris em 90° e 45° de flexão, respectivamente. Nessa posição, realize o afastamento dos joelhos enquanto os pés são mantidos unidos.
4. Deve haver uma inclinação anterior do tronco, sem deixar o joelho deslocar-se para dentro e para frente. Em uma fase avançada, use uma faixa elástica para aplicar força na região. 5. Com os pés distanciados e os joelhos posicionados (flexionados), faça o movimento com inclinação do tronco, sem deixar o joelho deslocar-se para dentro e para frente. A faixa elástica pode ajudar a aplicar a mesma força do exercício ante
 


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