Fibromialgia versus dor miofascial




Dentre as condições dolorosas crônicas que acometem o sistema
musculoesquelético destacam-se a fibromialgia e a dor miofascial.
Enquanto a fibromialgia corresponde a uma condição dolorosa difusa, a
dor miofascial é caracterizada pelo envolvimento localizado. Esta
manifesta-se por dor e rigidez muscular no assim chamado "trigger
point", o qual, ao ser pressionado, desencadeia intensa dor com
irradiação de topografia bem estabelecida. Além disso, o leve toque do
examinador na região dolorosa acarreta a formação de uma banda
muscular rígida. A dor miofascial pode manifestar-se sob a forma de
cefaléia tensional, lombalgia, cervicalgia, doença relacionada ao
trabalho ou esforços repetitivos ou à disfunção temporomandibular.

Assim como a fibromialgia, a dor miofascial é freqüente em mulheres
entre 40 e 50 anos. Fadiga, rigidez, distúrbios de sono, ansiedade ou
depressão menos freqüentemente acompanham o quadro. Difere da
fibromialgia na medida em que constitui um acometimento regional e não
difuso, com a presença de "trigger points" e não de "tender points".
Os "tender points" da fibromialgia são 18, têm localização padronizada
e não desencadeiam dor irradiada quando são pressionados. O
comprometimento funcional na dor miofascial é temporário, enquanto na
fibromialgia é mais intenso e duradouro; os "trigger points" respondem
melhor à terapêutica localizada que os "tender points".

Como exemplo de síndromes miofasciais, na síndrome da articulação
temporomandibular a dor na mandíbula se irradia para a cabeça e
pescoço. Na cefaléia tensional, no torcicolo e na dor lombar pode-se
palpar uma massa muscular sob tensão, dolorosa e com disfunção do
movimento, É possível de se reproduzir a dor pressionando-se o
"trigger point", reproduzir a banda de tensão muscular ao se percutir
levemente o local. A evolução favorável pode ser promovida por meio de
alongamento muscular ou infiltração localizada.

Dicas do mês para estudantes e profissionais de Fisioterapia


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