Lidando com a Sindrome Dolorosa Miofascial






Cada vez mais comum, a Sindrome Dolorosa  Miofascial é uma das causas mais comum de dor músculo-esqueletica, ela acomete músculos, tecidos conectivos e fáscias.
Tem como características: dor muscular local ou referida, bandas de tensões sensíveis a palpação denominadas como Pontos Gatilhos, contração da musculatura acometida durante a digito-pressão. Ela afeta mais comumente regiões cervicais, ombro, quadril e lombar.
É uma síndrome difícil de ser diagnosticada, pois é totalmente dependente do exame clínico e da identificação dos pontos-gatilhos e bandas tensas.
A prevalência da síndrome é maior em indivíduos mais ativos com idade entre 31 a 50 anos em que apresentam mais pontos-gatilhos ativos. No envelhecimento devido a diminuição das atividades é mais comum encontrar pontos gatilhos latentes, limitação de amplitude articular e menos pontos gatilhos ativos.
Falando um pouco sobre os pontos gatilhos, eles são bandas tensas no tecido muscular, fatores mecânicos ocasionam nódulos dolorosos nos músculos e nos tecidos próximos. Eles ocorrem devido as sobrecargas dinâmicas como: traumatismos, excesso de uso e/ou sobrecargas estáticas como: padrões posturais que prejudicam a harmonia dos movimentos nas atividades de vida diária e ocupacionais. Existe dois tipos de pontos gatilhos: Ativos ou Latentes.
Complexo do Ponto-Gatilho

Ativos: quando a hiperritabilidade apresenta-se na banda tensa e ao ser pressionado apresenta dor irradiada para áreas padronizadas. A dor é espontânea ou ao movimento, limita a amplitude de movimento e pode causar a sensação de fraqueza muscular.
Latentes: São pontos dolorosos similares aos Ativos mas presentes em áreas assintomáticos e não ocasionam dor durante as atividades, a dor apresenta-se em menor intensidade.

Características da dor ocasionada pela Sindrome Dolorosa Miofascial:


Dor difusa em um músculo ou grupo muscular
Dor em peso, queimação, latejamento com referencia de dor a distância;
Limitação dos Movimentos;
Banda de tensão palpável
Durante a compressão no ponto dolorido apresenta irradiação da dor para regiões próximas.


Causas

As  causas mais comuns são traumatismos: microtraumatismos (lesões nos músculos ocasionada por movimentos repetitivos na execução de atividades diárias ou do trabalho devido a sobrecarga e/ou fadiga muscular; Sobrecarga de músculos descondicionados (atletas de fim de semana), descondicionamento físico; sobrecarga e estresse prolongado por posturas inadequadas; acidentes automobilísticos (chicote com comprometimento da região cervical e lombar) e estresse emocional.

Patologias em que a SDM pode estar associada:

  • Cefaléia Cervicogênica ou Cefaléia Tensional
  • Radiculopatia
  • Ciatalgias (síndrome do m. piriforme; síndrome do m. glúteo mínimo; m. glúteo médio)
  • Hérnia de disco;
  • Síndrome do desfiladeiro torácico;
  • Dor torácica não visceral;
  • LER e DORT; epicondilites, tendinites, tenossinovites;
  • Distrofia Simpático Reflexa ou Sindrome Complexa de Dor Regional
  • Osteoartroses;
  • Sindrome do impacto do ombro; bursite subacromial e subdeltoideana;
  • Bursites no trocanter (PG nos músculos glúteos);
  • Dor abdominal e pelveperineal não visceral;
  • Dor Pós-operatória.

Tratamentos

  • São usados antiinflamatórios para diminuir o quadro inflamatório e facilitar a realização de tratamento fisioterapeutico;

  • Agulhamentos e infiltração como medida de dessensibilização do ponto gatilho;

  • Cinesioterapia (realização de tratamento fisioterápeutico é crucial no tratamento da Sindrome Dolorosa Miofascial).
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