Fisioterapia na Neonatologia







O neonatologista é o pediatra com formação específica para atendimento de recém-nascidos (RN), prematuros ou não. Devido a várias peculiaridades fisiológicas desta fase, ter um profissional de neonatologia que entenda os agravos e saiba como tratar adequadamente minimizar sequelas e diminuir a mortalidade. A fisioterapia é uma modalidade terapêutica relativamente recente dentro das unidades de terapia intensiva pediátrica e neonatal e que está em expansão, especialmente nos grandes centros. Desde 1998, as unidades de terapia intensiva de hospitais de nível terciária devem contar com assistência fisioterapêutica, por diminuírem as complicações e o período de hospitalização, reduzindo, consequentemente, os custos hospitalares

Na UTI neonatal, os casos mais comuns de assistência são para recém-nascidos com baixo peso e prematuros com imaturidade pulmonar. Em situações assim, o fisioterapeuta responde pela avaliação e prevenção cinético-funcional, assim como por intervenções de tratamento.

O profissional também atua junto à equipe multiprofissional no controle e aplicação de gases medicinais, ventilação pulmonar mecânica (VPM) invasiva e não-invasiva (VNI), protocolos de desmame e extubação da VPM, insuflação traqueal de gás, protocolo de insuflação e desinsuflação do balonete intratraqueal – entre outras atividades. A rotina de tratamento de um fisioterapeuta em uma UTI Neonatal geralmente corresponde à uma sessão pela manhã, uma à tarde e uma à noite. Se tiver alguma intercorrência, esse número de atendimentos pode aumentar ou diminuir. Na sessão preconiza-se a desobstrução pulmonar e a estimulação motora e ela é caracterizada pela sua pequena duração, justamente para não estressar o neonato, (exceto no caso de outras intercorrências, o que pode aumentar essa duração).

A participação nessas equipes está prevista na portaria 930, de 2012, do Ministério da Saúde (MS), que prevê um fisioterapeuta para cada dez leitos em cada turno. Segundo Andrade, no entanto, nem sempre a diretriz se confirma na prática. Existe uma variação de cenários e padronização de atuação no Brasil, visto que, além da imensa extensão territorial temos diferenças na cultura e no modelo assistencial.

Os lactentes devem ser internados na UTI quando inconscientes ou dispnéicos, em seguida à cirurgia torácica ou craniana, ou em se tratando de recém-nascidos, apresentarem baixo peso de nascimento, um fator muito importante ao prognóstico destes pacientes.

Os problemas de saúde mais comuns entre os recém-nascidos de uma UTI Neonatal são os respiratórios, cardíacos e neurológicos.

Para reabilitar os pacientes nessas condições, o tratamento fisioterapêutico inclui uma série de métodos e aparelhos específicos para esse público. A Fisioterapia Respiratória, por exemplo, tem um arsenal de técnicas de desobstrução e reexpansão pulmonar que objetivam deixar as vias aéreas pérvias, facilitando a ventilação, perfusão e difusão pulmonar, adequando as trocas gasosas. Além disso, os recém-nascidos contam com a ajuda do ventilador mecânico, Oxigênoterapia e Aerosolterapia para a manutenção dessas trocas gasosas.

Já a Fisioterapia Motora ajuda a manter um desenvolvimento neuropsicomotor adequado com o objetivo de minimizar um possível atraso motor. Ela previne ou até mesmo inibe padrões e/ou desvios patológicos e estimulação sensório motora, normaliza o tônus muscular e previne deformidades articulares. Para isso, utilizamos técnicas de posicionamento, cinesioterapia, Bobath e proprioceptivas.

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