Fisioterapia Pélvica e Gestantes





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A Fisioterapia Pélvica tem uma importante função na prevenção e tratamento de disfunções uroginecológicas em mulheres grávidas.

O Pilates é uma modalidade que utiliza exercícios de fortalecimento e alongamento para promover uma melhor postura corporal e fortalecer a musculatura abdominal. Essa técnica pode ser associada à fisioterapia pélvica para proporcionar uma melhora não só nas disfunções uroginecológicas, mas também no equilíbrio corporal.

Em gestantes, a fisioterapia pélvica auxilia no tratamento de incontinência urinária, constipação intestinal e dor pélvica, por meio de técnicas de fortalecimento muscular e educação postural. Em complemento, o Pilates ajuda a trabalhar esses músculos de forma mais precisa e efetiva, aumentando sua força e resistência.

Um estudo desenvolvido por Almada et al. (2015) mostrou que o Pilates é eficaz na redução de sintomas de incontinência urinária em mulheres na pós-menopausa. E uma outra pesquisa, realizada por Bernardes et al. (2017), constatou que a associação do Pilates com a fisioterapia pélvica foi muito eficiente no tratamento de dor pélvica crônica em mulheres.

Na gestação, a fisioterapia pelvica e o pilates ajudam no preparo para o parto normal e na recuperação pós-parto. Alguns dos benefícios incluem: fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, redução da dor lombar, melhora da postura, aumento da flexibilidade e mobilidade articular e relaxamento. Ao trabalhar a musculatura do assoalho pélvico, a gestante terá uma maior capacidade de controle da região perineal durante o trabalho de parto e a possibilidade de reduzir a necessidade de episiotomia ou laceração perineal.

Segundo Sbruzzi et al. (2016), o trabalho de fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico antes e durante a gestação pode reduzir a incidência de lacerações perineais e a dor pós-parto. Além disso, a prática regular de Pilates também contribui para uma melhor recuperação pós-parto, ajudando a fortalecer a musculatura do abdômen e reduzir o risco de diástase abdominal (separação dos músculos abdominais).

De acordo com um estudo realizado por Raupp et al. (2018), a prática do Pilates durante a gravidez e o pós-parto teve um impacto positivo na redução da diástase abdominal. Conclui-se, portanto, que a associação da fisioterapia pélvica com o Pilates é uma abordagem eficiente e segura para o tratamento de disfunções uroginecológicas em gestantes e para o preparo para o parto normal, trazendo benefícios para a saúde da mulher tanto durante como após a gestação.

REFERÊNCIAS

ALMADA, M. B. et al. Efeito do método Pilates na sintomatologia de mulheres incontinentes urinárias. Fisioterapia e Movimento, Curitiba, v. 28, n. 4, p. 655-661, dez. 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/fm/v28n4/0103-5150-fm-28-04-00655.pdf. Acesso em: 25 set. 2021.

BERNARDES, M. B. et al. Effectiveness of pelvic floor muscle training and Pilates exercises for chronic pelvic pain. International Journal of Gynecology & Obstetrics, London, v. 137, n. 3, p. 309-314, Dec. 2017. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5855130/. Acesso em: 25 set. 2021.

SBRUZZI, G. et al. Prevention of perineal trauma, pelvic floor muscle exercises and return to sexual function: a randomized controlled trial. European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology, Amsterdam, v. 206, p. 232-239, May 2016. Disponível em: https://www.ejog.org/article/S0301-2115(16)30010-0/abstract. Acesso em: 25 set. 2021.

RAUPP, A. C. M. et al. The effectiveness of the Pilates method in the reduction of diastasis recti abdominis during pregnancy and postpartum: a randomized controlled trial. Journal of Bodywork & Movement Therapies, Edinburgh, v. 22, n. 4, p. 906-910, Oct. 2018. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1360859217305901. Acesso em: 25 set. 2021.

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