Fisioterapia na esclerose sistêmica




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A esclerose sistêmica (ES) é uma doença auto-imune multi-sistêmica caracterizada por acometimento vascular da pequena e microcirculação e deposição excessiva de colágeno na pele e órgãos internos, especialmente trato gastrintestinal, pulmões, coração e rins.

O sintoma inicial mais comum da doença é o fenômeno de Raynaud. O fenômeno de Raynaud caracteriza-se por episódios reversíveis de vasoespasmo em extremidades associado a alterações de coloração típicas. Pode preceder qualquer outro sintoma por meses ou anos nas formas limitadas, ou por semanas nas formas difusas.

Geralmente a paciente relata o surgimento há alguns meses de edema de mãos e face, principalmente pela manhã, parestesias nos dedos, fadiga e queixas musculoesqueléticas, principalmente artralgia ou mesmo artrite. Nas fases iniciais o diagnóstico de ES pode ser difícil, sendo os pacientes frequentemente rotulados como portadores de doença indiferenciada do tecido conjuntivo.

Em uma paciente com fenômeno de Raynaud a esclarecer ,são elementos sugestivos de evolução para ES:

  • idade tardia de início do fenômeno de Raynaud,
  • grande intensidade do fenômeno de Raynaud,
  • presença de microcicatrizes em polpas digitais,
  • espessamento ou reabsorção parcial de polpas digitais,
  • presença de anticorpos antinúcleo,
  • presença de microangiopatia SD na capilaroscopia periungueal.

O obetivo da fisioterapia é manter e aumentar mobilidade da pele e articular, melhorar equilíbrio, marcha, força muscular, consciência corporal e postural, e educação sobre a doença

A utilização da fisioterapia é essencial no tratamento do portador de esclerodermia, pois previne os agravos osteomioarticulares, como contraturas e diminuição da amplitude do movimento, além de manter a funcionalidade existente nos sistemas comprometidos. No entanto, por ser uma patologia com carência de estudos referentes à fisioterapia, poucas evidências cientificas sobre a sua utilização foram encontradas na literatura. Sugere-se, assim, que sejam realizadas análises mais aprofundadas dos recursos fisioterapêuticos disponíveis no tratamento desta patologia.


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