COVID-19: orientações para pacientes oncológicos e de doenças crônicas









O coronavírus tem sido o grande assunto dos últimos tempos e muito se tem falado sobre grupos mais suscetíveis a desenvolverem um quadro mais grave da doença. Os pacientes oncológicos (aqueles com câncer ativo - que acaba de ser diagnosticado ou em tratamento) e de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes ou outros problemas cardiovasculares, precisam ter atenção redobrada.

As doenças cardiovasculares e o câncer são as duas principais causas de morte no Brasil e no mundo. O Instituto Lado a Lado pela Vida é a única organização a trabalhar com pacientes oncológicos e cardiovasculares e, pensando em orientá-los corretamente, preparou um material específico sobre coronavírus.

Prevenção

As medidas preventivas para o coronavírus são as mesmas para todas as pessoas, sendo que os pacientes oncológicos e de doenças crônicas devem ter especial atenção para elas:

  • Lave as mãos regularmente com água e sabão por pelos menos 30 segundos
  • Quando não for possível lavar as mãos, use álcool 70% para higienizá-las
  • Evite tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos sujas
  • Evite beijos, abraços e apertos de mãos
  • Cubra a boca e/ou nariz com o antebraço ou um lenço (descarte o lenço imediatamente após o uso)
  • Evite o compartilhamento de objetos de uso pessoal, como talheres, copos, garrafas e pratos
  • Limpe com frequência o celular, a mesa de trabalho, o computador e outros objetos de uso pessoal
  • Mantenha os ambientes bem ventilados
  • Mantenha cerca de 2 metros de distância de pessoas com tosse ou espirrando

É importante ressaltar que pacientes oncológicos e de doenças crônicas não devem ter contato com pessoas que apresentam algum dos sintomas gripais e estejam em investigação/casos confirmados para Covid-19. Os sintomas do coronavírus são:

Sintomas mais comuns

  • Febre
  • Tosse
  • Dificuldade para respirar

Outros sintomas

  • Cansaço
  • Dores no corpo
  • Mal-estar em geral
  • Congestão nasal
  • Corrimento nasal
  • Dor de garganta
  • Dor no peito

 

Continuidade do tratamento

Pacientes de câncer e/ou doenças crônicas devem evitar visitas hospitalares que sejam desnecessárias. Consultas eletivas, exames ou outros procedimentos devem ser individualizados, ou seja, a necessidade deles deve ser discutida com o médico ou com o serviço de saúde. A ida à emergência deve ser evitada em casos simples para que o paciente não corra o risco de entrar em contato com pessoas infectadas pelo coronavírus.

A orientação é que os tratamentos de quimioterapia, radioterapia e imunoterapia e os medicamentos não sejam suspensos. Mas cada caso deve ser individualizado e avaliado com o médico responsável. Apenas o médico responsável pelo paciente pode dizer se a infecção, seja ela por coronavírus ou não, é grave o suficiente para interromper um tratamento.

Em relação a medicamentos para os sintomas de Covid-19, no Brasil, o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) deve ser evitado porque também estamos enfrentando uma epidemia de dengue e medicamentos à base de ácido acetilsalicílico não podem ser usados por pessoas com essa doença. Uma pesquisa sugeriu que o ibuprofeno poderia estar ligado a um risco maior de desenvolver quadros severos da Covid-19 e por isso seu uso não seria recomendado. A Em nota, a OMS disse estar ciente das preocupações sobre o uso de anti-inflamatórios não-esteroides, com destaque para o ibuprofeno, para tratar febres em pessoas com covid-19. Mas após uma rápida revisão sobre o tema "não tem conhecimento dos dados clínicos ou de base populacional publicados sobre esse tópico".

A agência realiza uma consulta a médicos que tratam pacientes no momento, mas até o momento não se conhecem "relatos de efeitos negativos do ibuprofeno, além dos efeitos colaterais usuais que limitam seu uso em determinados grupos". De qualquer modo, os sintomas gripais podem ser tratados por outros medicamentos, como o paracetamol e dipirona.

O Ministério da Saúde publicou uma nota ténica sobre o uso de Inibidores de Enzima Conversora de Angiotensina (IECA), prescritos para tratamento da hipertensão, e dos Bloqueadores de Receptores de Angiotensina (BRA), usados no tratamento de insuficiência cardíaca, entre pacientes que tenham contraído a Covid-19.

Conforme o documento, em linha com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, não há "evidências definitivas" que esses medicamentos possam ser "fator de risco de gravidade" para pessoas com o novo coronavírus e que já sofram com hipertensão, insuficiência cardiáca e também diabetes. Dessa forma, a nota recomenda que "os pacientes não interrompam seus tratamentos de medicamentos IECA ou BRA, principalmente sem recomendação médica".

Uso de máscaras

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de máscaras é indicado para pessoas que apresentem sintomas respiratórios, ou seja, que estejam tossindo ou espirrando para evitar transmitir o vírus para outras pessoas e para aquelas que cuidam de alguém com suspeita de infecção pelo coronavírus.

O Ministério da Saúde publicou orientações para a confecção de máscaras de tecido pela população no início de abril. A partir de agora, a recomendação é usá-la toda vez que for sair de casa. Porém, as máscaras cirúrgicas, que já estão em falta no mercado, devem ser usadas apenas pelos profissionais de saúde.

Tanto OMS quando o Ministério da Saúde concordam que as máscaras - sejam as cirúrgicas ou as de tecidos - só são eficazes somente quando usadas em combinação com a limpeza adequada das mãos de das outras medidas preventivas da Covid-19.

Antes de colocar a máscara, é fundamental higienizar as mãos com água e sabão e secá-las bem. Isso é importante para evitar a contaminação antes de usá-la.

Contato Social

Os pacientes oncológicos e/ou de doenças crônicas/cardiovasculares devem evitar o contato social com qualquer pessoa com sintomas gripais e/ou de Covid-19. Também devem evitar aglomerações, ambientes fechados e contato com pessoas recém-chegadas de viagens ao exterior.

Em relação a viagens, a orientação é que elas sejam canceladas, se possível. Caso seja mesmo necessário viajar, os cuidados com a higiene e a etiqueta respiratória devem ser redobrados e deve-se observar com cuidado a condição de saúde do viajante, principalmente, nos primeiros 14 dias após o retorno.



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